Recorde as incidências do encontro
Os 90 minutos no Estádio Monumental de Buenos Aires terminaram empatados 1-1, com golos de Sebastián Driussi, aos 29 minutos, para o Millonario, e de Robert Rojas, aos 43’, para o Libertad.

O River jogou praticamente toda a segunda parte com 10 jogadores, devido à expulsão do médio Giuliano Galoppo.
A eliminatória foi decidida nos penáltis porque o jogo da primeira mão, em Assunção, também tinha terminado empatado (0-0).
Na marcação de grandes penalidades, o Libertad falhou três das quatro tentativas, uma delas defendida pelo guarda-redes Franco Armani, a figura do encontro, e o River converteu três, garantindo o apuramento.
“O Libertad fez um jogo muito bom. Depois, a expulsão do Galoppo mudou tudo para nós”, disse o treinador da equipa argentina, Marcelo Gallardo, na conferência de imprensa após o encontro.
“Vamos enfrentar um adversário (Palmeiras) que é candidato a ganhar a Taça, com muita expectativa de chegarmos ainda melhores”, acrescentou o Muñeco.
Início promissor
Com um início dinâmico, Juanfer Quintero na organização e Driussi no lugar do colombiano Miguel Borja no ataque, o River começou cedo a rondar a área paraguaia e avisou antes dos cinco minutos, com um potente remate de Galoppo que Martín Silva, outro dos destaques da noite, defendeu.
Recuados no contra-ataque e mesmo com pouca posse de bola, os paraguaios encontravam espaços nas alas, nas costas de Montiel e Acuña, e criaram muito perigo numa finalização de Hugo Fernández, que Martínez Quarta afastou a centímetros da linha de golo.
O Millonario voltou a ficar perto de inaugurar o marcador, primeiro com um livre de Quintero que roçou o travessão e depois com um remate cruzado de Nacho Fernández, que Silva defendeu em baixo.
Com paciência, a equipa da casa insistiu até encontrar o golo, que surgiu perto da meia hora. Colidio recebeu um grande passe de Acuña, rematou diante de Martín e a bola bateu no travessão, mas Driussi, mais atento do que os defesas rivais, atirou de cabeça em mergulho para o fundo das redes.
O jogo parecia encaminhar-se para o River, mas antes do intervalo o Libertad empatou, quando Robert Rojas se antecipou à defesa e à saída de Armani, cabeceando para o 1-1 na sequência de um canto.
River fica com 10
O jogo complicou-se para o River com a expulsão de Galoppo, por acumulação de amarelos, após uma falta sobre Ramírez, aos 52’.
O Libertad ganhou ânimo e passou a criar perigo diante de Armani, que se esticou para defender um remate forte de Aguilar e, já perto do fim, salvou um disparo colocado de Sanabria e uma cabeçada de Melgarejo que visava o ângulo esquerdo.
Desorganizado e sem clareza no ataque, o River sofreu na segunda parte, e o Gumarelo ainda dispôs de mais uma oportunidade, numa arrancada solitária de Melgarejo, que rematou de pé esquerdo para fora.
A equipa de Gallardo vinha de uma péssima sequência em decisões por penáltis, não vencia desde a disputa contra o Cruzeiro, na Libertadores 2019, mas desta vez mudou a história e festejou o apuramento para os quartos de final.

“Nos penáltis, finalmente conseguimos uma a nosso favor. Depois de uma segunda parte muito difícil, veio a luz”, celebrou Marcelo.
Nacho Fernández, Borja e Martínez Quarta marcaram para o River, enquanto Martín Silva defendeu o remate de Acuña.
Do lado visitante, apenas Viera converteu.
Recalde atirou ao poste direito, Caballero rematou para fora e Armani, salvador, defendeu o disparo de Marcelo Fernández.
“Foi um jogo muito sofrido. Depois do primeiro golo, caímos um pouco, demos chances ao adversário e, numa bola parada, empataram-nos. Com menos um jogador, tivemos dificuldade em chegar à área adversária. Foi sofrido, mas conseguimos a qualificação”, afirmou Armani, que chorou de felicidade após a vitória.
“Não podíamos ficar de fora, mas temos muito a melhorar. É uma Taça muito difícil. Nos penáltis não vinha correndo bem para nós”, acrescentou o guarda-redes.