Recorde as principais incidências do encontro
Todas as dúvidas que surgiram antes do Mundial, devido aos resultados negativos da equipa portuguesa na preparação, ficaram dissipadas à primeira jornada da fase final. Portugal entrou em grande no Uzbequistão e alcançou um triunfo histórico, num jogo dominado por completo pela equipa de Jorge Braz.
É certo que o adversário não fazia antever grandes dificuldades para a equipa portuguesa, mas a exibição de Portugal foi um claro aviso para a concorrência. O campeão do mundo tem armas poderosas e até deu para gerir o grupo de forma a não acumular desgaste para o que falta da competição.
João Matos, ao segundo poste, desperdiçou a primeira oportunidade de golo. Bruno Coelho, pouco depois, acertou no ferro, mas foi o mesmo poste que acabou por resultar no autogolo de Penãloza, infeliz após remate de Pany Varela.
Com nota artística elevada, o 2-0 surgiu na sequência de uma excelente jogada coletiva. Afonso Jesus (6') foi o autor do golo, após finalização de classe na sequência de um passe de Fábio Cecílio (leia aqui a entrevista ao Flashscore).
Depois dos primeiros instantes, Portugal explorou as fragilidades panamianas na bola parada, numa tarde para esquecer para o guarda-redes Penãloza, que acabou por ficar mal na fotografia do acumular de golos portugueses.
Bruno Coelho (8'), Tomás Paçó (11') e Erick (12') marcaram na sequência de jogadas estudadas, enquanto o Panamá não conseguiu sequer ameaçar a baliza portuguesa. O talento português nas alas, com Kutchy, Lúcio Rocha e Afonso Jesus, ajudou a dilatar ainda mais a vantagem. O jogador do Benfica fez o 6-0, André Coelho (17'), com um grande remate de fora da área, apontou o sétimo e Kutchy colocou mais uma bola por baixo das pernas do guardião do Panamá (20').
Para o segundo tempo, Portugal tinha duas missões claras: evitar problemas físicos e tentar fazer história com a maior vitória portuguesa na história da competição, ultrapassando o anterior registo, precisamente frente ao Panamá, alcançado em 2016, no triunfo por 9-0.
Após péssimos 20 minutos de Peñaloza, o selecionador panamiano trocou de guarda-redes e José Álvarez veio subir o nível na baliza da seleção, negando golos a Zicky e Pany Varela. Na baliza portuguesa, André Correia, estreante em Mundiais, também evitou o primeiro golo panamiano.
Totalmente diferente do primeiro tempo, Portugal teve mais dificuldades para criar perigo e deixou de pressionar com tanta qualidade. Ainda assim, a superioridade voltou a sentir-se quando André Coelho (29') fez o 9-0 com mais um excelente remate de longa distância.
A precisar de um golo para conseguir o maior triunfo da história, Portugal acabou por conceder na pior fase do encontro, quando André Correia deixou escapar a bola e viu penálti assinalado com recurso ao VAR. Maquensi (35') fez o único golo da seleção panamiana.
O melhor ficou mesmo para o fim, com Pany Varela (37') a fazer um golaço no desvio após remate de João Matos, fazendo com que Portugal chegasse, pela primeira vez, aos 10 golos num jogo numa partida a contar para o Mundial de futsal.