Recorde as incidências da partida
Depois do apuramento do Sporting para a final da Liga dos Campeões, o Velòdrom Illes Balears recebeu a segunda partida das meias-finais, desta feita com as bancadas praticamente lotadas, ou não fosse a equipa da casa entrar em ação frente ao vice-campeão português, o Benfica.
Os primeiros minutos foram bastante penosos para a equipa de Mário Silva que, logo aos dois minutos, viu o Palma Futsal ter um penálti a seu favor. Perante um lance anterior entre Gugiel e Cainan, o banco encarnado solicitou o Sistema de Vídeo (VS), mas a análise manteve-se. Na cobrança, Tayebi superou o recém entrado Martim Figueira e colocou os adeptos insulares ao rubro.
Com pouco mais de quatro minutos jogados, o Benfica já tinha chegado às quatro faltas e continuava sem conseguir impor-se na partida. Perante isso, o Palma aproveitou: grande jogada na esquerda, Cléber Souza rematou para o segundo poste e Mancuso encostou para o 2-0, faturando frente à antiga equipa.
Com dois golos de desvantagem, os encarnados começaram a aproximar-se com perigo da baliza de Luan Muller, mas não conseguiram faturar por Rocha, Jacaré, Arthur e Bruno Cintra. A quatro minutos do fim, a equipa da casa chegou às cinco faltas e o Benfica quase aproveitou essa situação: Bruno Coelho arrancou pela esquerda, serviu Diego, mas o brasileiro falhou, por pouco a baliza.
Aos 18 minutos, Rivillos arrancou pela direita, aproveitou a passividade de Rocha e cruzou para Tayebi bisar na partida. A águias acabaram por conseguir faturar no penúltimo minuto do primeiro tempo, com Chishkala a receber na esquerda e a desferir um remate fortíssimo para o 3-1, com a bola a desviar ainda em Chaguinha. Esse resultado seguiu para a etapa complementar, depois de um primeiro tempo em que a equipa de Mário Silva até esteve por cima, mas demorou a reagir depois do soco inicial. As más abordagens aos lances, nomeadamente ao do terceiro golo, e as fragilidades defensivas acabaram por evindenciar-se ao cabo dos primeiros 20 minutos.
A segunda parte não podia ter começado melhor e, logo aos 23 segundos, Léo Gugiel subiu no terreno rematou de longe, a bola desviou em Cainan e traiu Luan. Ainda assim, a vantagem pela margem mínima durou apenas 40 segundos, já que Cainan apareceu a faturar na outra baliza, após um mau corte de Bruno Coelho.
A fechar os primeiros cinco minutos do segundo tempo, Chishkala encontrou Rocha no corredor central, este trabalhou com o corpo e passou para Gonçalo Sobral que, na esquerda, desferiu um remate forte para o 4-3. Em contraste com o golo, Rocha acabou por ser expulso aos 28 minutos, após a dupla de arbitragem recorrer ao VS.
Ainda assim, o Palma Futsal não conseguiu aproveitar em superioridade numérica e o Benfica chegou aos últimos minutos galvanizado e a dominar o jogo. Mas o golo teimava em não aparecer, muito por culpa de Luan que ia fazendo o que podia. Perante isto, Mário Silva lançou o guarda-redes avançado - Bruno Coelho - a pouco mais de três minutos do fim, apostando no cinco para quatro.
No último minuto, Bruno Cintra e Arthur viram Luan Muller voltar a envidenciar-se, até que, no último segundo, a tecnologia, neste caso o VS, acabou por decidir o encontro. Chishkala cobrou uma reposição lateral para a área e Arthur acabou por desviar para o fundo das redes. No entanto, após consultarem o sistema tecnológico, os árbitros invalidar o golo porque o tempo já se tinha esgotado.
Num autêntico final impróprio para cardíacos, o Palma Futsal acabou por sorrir apesar da supremacia encarnada - 40 remates, 22 à baliza, contra 22-7 - e vai discutir a final da prova com o Sporting. A partida está agendada para as 19:00 de domingo, já depois de Benfica e Anderlecht lutarem pela medalha de bronze.