Recorde as incidências da partida
Portugal e Espanha voltaram a protagonizar a partida decisiva do Campeonato da Europa de sub-19, com a equipa das quinas à procura de conquistar a prova pela primeira vez, contrariando a superioridade de nuestros hermanos nas duas primeiras edições.
Superioridade essa que foi transposta para a fase inicial desta final, já que, aos seis minutos, os espanhóis já venciam por 0-2. Primeiro, Pol Salas rematou praticamente do meio-campo, Guilherme Cintra não defendeu da melhor forma e o 3 acabou por inaugurar o marcador. Depois, repetiu-se a receita, Salas voltou a atirar de longe e a vantagem ficou dilatada.
Perante a superioridade de Espanha, José Luís Mendes solicitou de imediato a sua pausa técnico, pediu calma aos jogadores e eles corresponderam. Aos 10 minutos, o capitão Lúcio Rocha assumiu a cobrança de um livre a meio do meio-campo e desferiu remate forte para a baliza, com Pau López a não conseguir evitar o golo.
Portugal terminou o primeiro tempo em cima da Espanha e, a 34 segundos do fim, Bruno Maior recebeu na direita, colocou rapidamente a bola na zona do segundo poste e Andriy Dzyalochynskyy desviou para a baliza, empatando o desafio a duas bolas.
Na etapa complementar, os espanhóis voltaram a entrar melhor e, na primeira grande oportunidade, Tapias apareceu isolado e acertou em cheio no poste esquerdo da baliza nacional. No entanto, a equipa nacional apresentou-se mais segura e perigosa nas saídas para o ataque e, ao cabo dos primeiros quatro minutos, Espanha já somava três faltas.
Aos 27 minutos, canto para Portugal prontamente cobrado por Pedro Marques, Salas tentou fazer o corte e acabou por colocar a bola na sua baliza, permitindo que a equipa das quinas chegasse pela primeira vez ao comando do marcador. Pouco depois, a roja atingiu a marca das cinco faltas e colocou-se em posição ainda mais desfavorável a pouco menos de 11 minutos do fim. Na jogada seguinte, Andriy teve tudo para fazer o golo, mas Pau López evitou com uma grande defesa.
No minuto seguinte foi a vez de Portugal atingir a quinta falta e a partida entrou na fase final a um ritmo diabólico e eletrizante. Já dentro dos últimos cinco minutos, Gonzalo Cruz cometeu falta sobre Bruno Maior e a equipa de arbitragem assinalou a sexta falta. Na cobrança do livre de 10 metros, Tomás Colaço atirou cruzado e fez o 4-2.
Albert Canillas Alavés respondeu com o cinco para quatro, com Juan no papel de guarda-redes avançado. Nessa condição, Espanha perdeu a bola no ataque, Lúcio Rocha recuperou a bola e atirou de primeira para a baliza deserta, colocando Portugal com as duas mãos no inédito troféu. A fechar as contas, Pedro Santos ainda teve tempo de fazer o gosto ao pé e repetiu o resultado da final de há um ano.
Portugal sagrou-se assim campeão da Europa pela primeira vez, destronando Espanha.