O norte-irlandês já conquistou o seu quinto título da Corrida para o Dubai (Ordem de Mérito) e tem garantido um bónus de dois milhões de dólares sem ter batido uma única pancada de golfe esta semana.
Terá agora de lutar contra o número 3 do mundo, Jon Rahm, e o número 4, Viktor Hovland, pelo terceiro título do DP World Tour Championship, e pelo cheque de 3 milhões de dólares do vencedor.
McIlroy, que tem sido o porta-voz de facto do PGA Tour na sua batalha contra o LIV Golf, tinha dito no início do ano que queria concentrar-se no seu próprio jogo.
Esta quarta-feira, participou numa longa conversa telefónica com outros membros do conselho de administração - uma pessoa próxima de McIlroy disse que se prolongou durante seis horas - e enviou a sua demissão ao Comissário Jay Monahan.
O número 2 do mundo reuniu-se com a imprensa antes disso e não deu qualquer indício da mudança.
McIlroy recusou-se a comentar a sua decisão, mas antes do PGA Championship, em maio, disse: "Prefiro que as pessoas falem de mim pelo meu golfe do que pelas coisas que estou a fazer nos bastidores ou pelo que disse numa conferência de imprensa. Mas agora que as rodas foram postas em movimento, é altura de me concentrar em mim e em jogar um grande golfe e tentar voltar às vitórias".
O campeonato de fim de época de 10,5 milhões de dólares, com um campo limitado de 50 jogadores, atraiu pela primeira vez todos os jogadores do top-50 da Lista de Pontos.
É também a primeira vez, nos 15 anos de história do torneio, que o campeão da Corrida para o Dubai é determinado no penúltimo evento da época.
McIlroy, vencedor de dois eventos Rolex Series este ano, acumulou 5.166,47 pontos. O segundo classificado, Rahm, tem menos 3.081,94 pontos, o que significa que mesmo que ganhe esta semana (2.000 pontos), não conseguirá alcançar o seu colega de equipa da Ryder Cup.
Ambos os jogadores têm registos fenomenais no campo de terra.
McIlroy terminou fora do top-10 apenas duas vezes e tem apenas cinco rondas acima do par em 12 participações, incluindo vitórias em 2012 e 2015.
"Culpa minha"
Rahm, o atual campeão, tem três vitórias em quatro participações (2017, 2019, 2022) e um quarto lugar empatado em 2018. O seu pior resultado nas 16 rondas foi um 2 abaixo de 70.
"É um encontro pelo qual estou sempre ansioso. Sempre me diverti muito na cidade. Fui sempre muito bem tratado e, felizmente, o golfe também foi sempre muito bom", disse o campeão do Masters.
"Penso que (o fim da Corrida para o Dubai) é mais uma desilusão para os adeptos. Mas, ao mesmo tempo, a culpa é mesmo minha. Ele (McIlroy) jogou um ótimo golfe. Eu podia ter tentado ganhar mais pontos para ter uma oportunidade esta semana. Ele fez o que precisava de fazer. Eu não fiz", assumiu.
Hovland será outro jogador a ter em conta, depois de uma época sensacional, que incluiu a conquista da FedEx Cup de 18 milhões de dólares pelas suas três vitórias no PGA Tour.
"Adoro jogar golfe aqui", disse o norueguês, que venceu o Hero Dubai Desert Classic no Emirates Golf Club no ano passado.
"Os campos de golfe são muito bons. O tempo está bom. A comida é boa. Gosto muito de vir aqui. Mas é óbvio que gostaria de ganhar noutro campo aqui e acho que este campo me fica bem", acrescentou.
Hovland também poderá beneficiar do facto de ter estado algum tempo afastado do campo.
"Tirei três semanas de férias e não toquei num taco. Não me lembro da última vez que tirei três semanas de férias. O jogo estava um pouco enferrujado, claro, mas diria que esta é a primeira vez na minha carreira em que sinto que não esqueci completamente as técnicas. Sei o que fazer", explicou.
Outro ponto de interesse este ano são os 10 cartões do PGA Tour oferecidos aos 10 primeiros classificados do DP World Tour que não estejam isentos, no âmbito da aliança estratégica entre os dois Tours.