“Ainda me dói um bocado o facto de não ter representado o meu país” na CAN 2023, afirmou o extremo, em declarações à agência Lusa.
Hélio Varela faz parte dos convocados dos Tubarões Azuis para os jogos do torneio FIFA Séries, um projeto-piloto para dar oportunidade às seleções menos cotadas de diferentes confederações de realizar jogos particulares entre si, num único país.
O extremo do Portimonense foi convocado por Cabo Verde para a CAN 2023, que decorreu entre janeiro e fevereiro, na Costa do Marfim, mas renunciou à convocatória, uma decisão que gerou muitas críticas e incompreensão no arquipélago.
“Se tivesse visto de fora também teria entendido da mesma maneira”, referiu o jogador, dizendo que foi visto com o “culpado da história”, mas esclareceu que “nem tudo” o que saiu na altura nas notícias é verdadeiro.
Em declarações à Lusa, disse que está a tentar a ultrapassar o caso e que, agora, está “muito feliz”, prometendo “dar tudo” pela seleção cabo-verdiana.
“Prometo a entrega de sempre, honrar essa camisola que é muito grande, não só por aquilo que fez na CAN, mas por tudo aquilo que tem vindo a fazer”, garantiu.
O extremo internacional cabo-verdiano, uma das principais figuras do Portimonense, renovou em fevereiro contrato com os algarvios até 30 de junho de 2026.
Varela disse à Lusa que o objetivo é “acabar a época bem” e “garantir a manutenção” na Liga Portugal.
Depois de uma temporada na equipa de sub-23 do Portimonense, Hélio Varela, de 21 anos, foi aposta no início desta época para o plantel principal, somando desde então 25 jogos oficiais e cinco golos.
Quatro vezes internacional por Cabo Verde, o extremo é natural de Almada e passou na sua formação por Monte da Caparica, Charneca da Caparica, Cova da Piedade, Vitória de Setúbal e Amora, clube no qual iniciou a carreira de sénior, passando ainda pelo Sintrense antes de chegar ao Algarve.
Após 26 jornadas disputadas, o Portimonense ocupa o 16.º lugar da Liga Portugal, com 23 pontos.