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Investimentos em Marcos Leonardo e Otávio Ataíde encimam mercado nacional

Marcos Leonardo já marcou pelo Benfica
Marcos Leonardo já marcou pelo BenficaProfimedia
As mudanças dos futebolistas Marcos Leonardo e Otávio Ataíde para Benfica e FC Porto, respetivamente, marcaram a janela de transferências de inverno da I Liga, que encerrou na quarta-feira, com ajustes cirúrgicos no líder Sporting.

Os 47,4 milhões de euros (ME) desembolsados desde 03 de janeiro no escalão principal conduziram mesmo a um investimento sem precedentes nesta altura da época, que foi estimulado pelos novos recordes de gastos de águias (27 ME) e de dragões (12 ME).

O ponta de lança brasileiro Marcos Leonardo e o dianteiro argentino Gianluca Prestianni ingressaram no Benfica procedentes do Santos e do Vélez Sarsfield, por 18 e nove ME, respetivamente, com o segundo negócio a englobar um bónus de dois ME por objetivos.

Os campeões nacionais receberam ainda o extremo argentino Benjamín Rollheiser por empréstimo do Estudiantes, com uma cláusula de opção de compra superior a nove ME.

Negócio similar foi alcançado junto do Manchester United pelo espanhol Álvaro Carreras, que tentará diluir a instabilidade sentida no lado esquerdo da defesa desde a saída do influente Grimaldo para o Bayer Leverkusen, com o Benfica a ter uma opção de seis ME.

Marcos Leonardo foi o reforço mais caro do mercado de inverno português
Marcos Leonardo foi o reforço mais caro do mercado de inverno portuguêsSL Benfica

O FC Porto limitou-se a contratar Otávio Ataíde ao Famalicão, por 12 ME, com o defesa central brasileiro a colmatar a vaga deixada em aberto pela ausência prolongada de Iván Marcano, a debelar uma rotura ligamentar do joelho, e pela cedência ao Olympiacos de David Carmo, que já tinha sido relegado para a equipa B, devido a conduta inadequada.

Otávio foi o único reforço do FC Porto
Otávio foi o único reforço do FC PortoFC Porto

O Sporting, líder isolado da Liga Portugal, teve uma atuação mais comedida face aos dois rivais, ao pagar apenas 700.000 euros ao Leixões pelo central ítalo-brasileiro Rafael Pontelo e chegar aos quatro ME pelo centrocampista francês Koba Koindredi ao Estoril Praia, logo após os canarinhos terem ativado uma opção de compra de três ME junto do Valência.

Koba Koindredi foi o último reforço do Sporting
Koba Koindredi foi o último reforço do SportingSporting

O italiano Cher Ndour reforçou de forma temporária o meio-campo do SC Braga, mas sem cláusula de compra, meio ano depois de ter trocado o Benfica pelo Paris Saint-Germain, clube detido pelo fundo Qatar Sports Investment (QSI), que, ao longo da última temporada, tinha fortalecido a sua posição minoritária no capital social da SAD minhota.

O segundo período de transferências da época foi aproveitado plenamente pelo Rio Ave, que esteve impedido de registar novos jogadores no ano passado, face ao caso Olinga, mas, atendendo à entrada do investidor grego Evangelos Marinakis, juntou 11 reforços.

Nesse lote destaca-se o médio Adrien Silva, campeão europeu de seleções por Portugal em 2016 e antigo capitão do Sporting, que estava sem clube desde o verão, quando saiu do Al Wahda, dos Emirados Árabes Unidos, e regressa à Liga Portugal seis anos e meio depois.

Adrien Silva é reforço em Vila do Conde
Adrien Silva é reforço em Vila do CondeRio Ave

A elite também volta a acolher João Teixeira, Yakubu Aziz, Mateo Tanlongo, Hélder Sá e Cristian Devenish, outras caras novas dos vila-condenses, Nélson Oliveira (Vitória SC), João Basso (Estoril Praia), Yanis Hamache (Arouca), Alex Pinto e Jonathan Buatu (Gil Vicente), Raphael Guzzo (Desportivo de Chaves), Bruno Costa (Vizela), Mika (Moreirense), Nanu e Rodrigo Pinho (Estrela da Amadora) ou Filipe Soares (Famalicão).

Entre as principais transferências internas, André Castro transitou do SC Braga para o Moreirense e Vasco Fernandes, até então capitão do Casa Pia, rumou a Chaves.

Se o Farense foi o único clube primodivisionário sem atividade no mercado de inverno, o Boavista continuou impedido pela FIFA de inscrever novos jogadores pela terceira janela consecutiva, devido a dívidas, numa campanha em que chegou a ter salários em atraso.