25 anos depois da estreia do Titanic, em 08 de fevereiro, o navio parisiense, habituado a virar a proa em fevereiro, começa gradualmente a afundar-se. E o monstro de Munique ainda não se atravessou na frente do comandante Christophe Galtier.
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O treinador pediu aos jogadores para serem agressivos na conferência de imprensa de antevisão, mas o a verdade é que o PSG, com Danilo e Vitinha a titulares e Nuno Mendes no banco, foi surpreendido pela forte entrada do Mónaco.
Após um bom trabalho de Fofana sobre a direita, Ben Yedder recebeu a bola dentro de área e depois de dois ressaltos favoráveis, a bola sobrou para Golovin atirar a contar, aos quatro minutos. A turma de Philippe Clément tirou proveito da passividade defensiva... e não ficaria por aqui.
O PSG estava a meter água. Aguilar ficou perto de aumentar, aos 14 minutos, e quatro minutos depois viria mesmo a confirmação. O jovem El Chadaille Bitshiabu cometeu um erro ao tentar sair a jogar sob a pressão de dois adversários e a bola foi parar aos pés do letal Ben Yedder que não perdoou na cara de Donnarumma.
Com o orgulho ferido, os parisienses acordaram e meteram as mãos ao trabalho, com Neymar a fazer um esforço incaracterístico e a ajudar a defender. E foi nesse momento que Soler lançou Bernat pela esquerda, o espanhol cruzou ao segundo poste onde estava o menino Warren Zaire-Emery, que só teve de encostar com o pé direito, aos 39 minutos.
O PSG lutou no ataque e descuidou-se na defesa. Golovin já tinha ameaçado o terceiro golo minutos antes e, nos descontos, Ben Seghir lançou Ben Yedder nas costas da defesa parisiense - como uma faca quente em manteiga - o avançado ganhou na luta a Bernat e voltou a fazer o gosto ao pé.
O 4-4-2 implementado por Clément nos monegascos foi suficiente para aguentar a segunda parte sem sofrer golos e Gelson Martins não saiu do banco de suplentes. O ponto positivo para o PSG antes do duelo com o Bayern de Munique é que Donnarumma aparenta estar em boa forma depois de ter impedido uma goleada.
Segunda derrota consecutiva para a equipa de Galtier depois da derrota em Marselha para a Taça. A três dias do embate com os germânicos, os parisienses continuam líderes, provisoriamente com sete pontos de vantagem sobre o Mónaco, mas podem ver o Marselha e o Lens aproximarem-se e ficarem a cinco pontos. Os monegascos continuam sem perder desde a pausa para o Campeonato do Mundo.