Questionado sobre as primeiras semanas depois do anúncio público, Jakub Jankto disse estar "muito bem". "Foram três semanas duras, sobretudo a primeira, porque não sabia o que podia esperar. Mas as reações foram perfeitas na República Checa, Espanha, Itália... Isso ajuda muito para continuar, para viver e para estar concentrado no futebol, que é o que, para mim, está em primeiro lugar", revelou.
Os pais e a ex-mulher "foram os primeiros a saber", ainda no ano passado, sendo que, há uns meses, o futebolista decidiu partilhar a sua história com "os jogaodores e o treinador".
"Falámos sobre o que fazer e de como continuar. Eles disseram-me que não havia nenhum problema e isso ajuda muito, mas sentia que existia algo entre nós, algo que não consigo descrever com exatidão e, por isso, decidi dizê-lo a todo o mundo", explicou, admitindo que "quando se é o primeiro jogador, é um pouco estranho", mas assegurando que "está tudo bem".
Ciente de que pode receber "certas reações" menos positivas, o internacional checo vincou que queria sentir-se "livre". "Quero viver como toda a gente vive. Fiz isto porque quero ajudar outras pessoas que tenham uma orientação diferente. Creio que posso ser um bom exemplo", afiançou.
O jogador do Sparta de Praga sente que tudo é uma questão de "respeito" e admitiu que o regresso a casa, para jogar, o ajudou na tomada de posição. "Tenho aqui os amigos, a família, o meu filho... Estando em casa, é mais fácil dizê-lo. Estive a jogar sete anos em Itália e um em Espanha, mas estar em casa ajuda muito", sublinhou, deixando um desejo para o futuro:
"Oxalá que não seja notícia e que, daqui a cinco ou seis anos, digamos "sou homossexual" e possamos continuar como se não tivesse acontecido nada".
"Espero que tudo continue como antes. Quero continuar como jogador de futebol, não como pessoa homossexual. Oxalá que isso possa acontecer. Não sei o que acontecerá no futuro, mas seguramente que podemos ajudar e dar um bom exemplo. Eu quero dar um bom exemplo", concluiu Jankto.