Jorge Andrade lembra Mundial-2002 e avisa para as dificuldades no Catar

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Jorge Andrade lembra Mundial-2002 e avisa para as dificuldades no Catar

Jorge Andrade participou no Mundial-2002 e Euro-2004 pela Seleção Nacional
Jorge Andrade participou no Mundial-2002 e Euro-2004 pela Seleção NacionalJorge Andrade/Instagram
O central de 44 anos fez um balanço do único Campeonato do Mundo onde participou e falou sobre as principais dificuldades com que Portugal se vai deparar no Catar, onde está inserido no Grupo H com Coreia do Sul, Gana e Uruguai.

Membro da Seleção Nacional que fez sonhar o país no Euro-2004 (derrota na final com a Grécia por 0-1), Jorge Andrade conta apenas com duas grandes competições internacionais ao serviço de Portugal. E se o Campeonato da Europa teve o dissabor do derradeiro jogo, a experiência na Coreia e Japão, em 2022, acabou por ter pouco de agradável com a equipa das quinas a ser eliminada num grupo com Polónia, Estados Unidos e a anfitriã Coreia do Sul.

''Era uma seleção que era a junção de alguns campeões do mundo de Riade (1989) e Lisboa (1991), uma geração de ouro. As expectativas estavam muito altas. Portugal tinha chegado às meias-finais do Europeu de 2000 e queria estar no Mundial com muita força, passar a fase de grupos e ir muito longe. Portugal poderia ter feito bem melhor, estávamos cientes disso. Pagámos a fatura dos dois jogos desastrosos que fizemos, com Estados Unidos (2-3) e Coreia do Sul (0-1). Alguns jogadores desse grupo ainda conseguiram ir a 2004 (Europeu), como Fernando Couto, Figo ou Rui Costa, outros ficaram pelo caminho. Tiveram em 2002 a última competição, o que foi pena, porque era uma geração mesmo muito boa'', explicou à agência Lusa.

Avançando 20 anos, a equipa das quinas chega ao Catar, onde está inserida no Grupo H. Analisando o presente, Jorge Andrade não espera facilidades.

''O nosso grupo é muito difícil. Temos dois adversários que já nos eliminaram, a Coreia do Sul, em 2002, e o Uruguai, no último Mundial (em 2018). O Gana é uma seleção africana, que é sempre complicado para nós também. Por isso, muito cuidado'', atirou, lembrando também o apuramento: ''A Seleção teve alguns percalços nesta qualificação, foi das últimas a qualificar-se. Temos alguns problemas em termos de equilíbrio na equipa, sobretudo na defesa, em que o Pepe vem de lesão. Muita gente do meio-campo para a frente e muito menos gente no eixo central da defesa, o que faz com que a equipa seja um pouco desequilibrada''.

E mesmo o facto de a prova se disputar no inverno europeu, uma novidade, pode provar ser um obstáculo.

''Vai ser uma experiência toda nova. Portugal tem de se adaptar rapidamente e tentar superar-se, porque não vai ser fácil. Têm de estar atentos aos primeiros jogos das outras seleções, ver as dificuldades que podem sentir e rapidamente adaptarem-se. Nem que seja fazer substituições mais cedo durante os jogos, para os jogadores estarem mais frescos, tentar rodar a equipa na fase de grupos, para ter um ritmo alto no jogo'', frisou.

''Ronaldo tem vontade de demonstrar que é um dos melhores do mundo''

Capitão da Seleção Nacional, Cristiano Ronaldo chega ao Mundial-2022 a atravessar uma fase menos positiva com a incerteza a rondar a posição que ocupa no Manchester United. Uma situação que não retira a confiança de Jorge Andrade no avançado de 37 anos.

''Vai liderar o grupo, tem vontade de demonstrar que, mesmo a terminar a carreira, é um dos melhores do mundo e isso pode motivar o grupo a acompanhar a fome que o Cristiano Ronaldo tem nestas provas. Esperamos que seja um grande campeonato e que Portugal chegue o mais longe possível'', disse, referindo ainda outros nomes: ''Jogadores como o Bernardo Silva, o Rúben Dias, que jogam na Premier League, podem transportar essa competitividade para a equipa. Os nossos jogadores jogam em grandes campeonatos e alguns estão em grande forma. Se o Mundial fosse no final da época, poderiam estar mais cansados, mas, sendo nesta altura, podem jogar em plena forma, o que faz com que a equipa possa estar bem''.