Num vídeo emotivo partilhado nas redes sociais, Jakub Jankto assumiu querer viver "sem medos, sem preconceito, violência, mas com amor", revelando a sua orientação sexual e tornando-se apenas no quarto jogador de futebol no ativo a fazê-lo, depois de Collin Martin (San Diego Loyal), Jake Daniels (Blackpool) e Joshua Cavallo (Adelaide United).
Desde então, são várias as reações. Clubes como Barcelona, Juventus, Arsenal ou Chelsea, bem como organizações como a FIFA, a UEFA ou a FIFPro partilharam o seu apoio para com o futebolista checo, que atua no Sparta Praga por empréstimo do Getafe.
Agora foi a vez de Jorge Valdano elogiar a coragem do futebolista, assumindo, porém, sentir "vergonha que em 2023 este seja um dos primeiros casos".
"Tiro o chapéu perante esta declaração e tenho vergonha pelo futebol. É para termos vergonha. Neste particular, as mulheres deram-nos autênticas lições, fizeram um exercício de liberdade desde o primeiro dia. Isto ser considerado um ato de valentia nos dias de hoje denigre o futebol", apontou, em declarações ao El Tercer Tiempo, programa da Movistar.
Também Neymar abordou a questão na conferência de imprensa de antevisão ao duelo entre Paris Saint-Germain e Bayern, da primeira mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões.
"É um dia importante. Toda a gente é livre e os preconceitos devem cada vez menores. As pessoas têm livre e espontânea vontade para fazerem o que quiserem. Sinceramente, não sabia, e peço desculpa por não estar inteirado da situação, mas todo o ser humano tem o direito de ser o que quiser e de ser quem quer. Não se pode proibir ninguém de ser o que tem vontade de ser", sublinhou o internacional brasileiro