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Lance Armstrong precisou de terapia depois de revelar que se dopou: "Passei de herói a vilão"

Lance Armstrong admitiu dificuldades após confissão
Lance Armstrong admitiu dificuldades após confissãoProfimedia
O ex-ciclista norte-americano Lance Armstrong, que admitiu em 2013 ter-se dopado para alcançar o seu sucesso na Volta à França, afirmou num podcast que sofreu de stress pós-traumático após a sua confissão na altura, noticiam os meios de comunicação social internacionais.

Em 2023, num programa de Oprah Winfrey, Lance Armstrong revelou que tomou EPO, hormonas e fez transfusões de sangue para ganhar os seus sete títulos da Volta a França entre 1999 e 2005.

Após estas confissões, o americano, atualmente com 52 anos, manteve-se afastado da imprensa até ter reaparecido este fim de semana no podcast The Great Unlearn, onde falou abertamente sobre o período que se seguiu à sua confissão.

"Num instante, passei de herói a vilão. Muitas pessoas riram-se da minha confissão. Eu não achei piada, mas merecia certamente perder o meu estatuto", disse Armstrong.

Armstrong foi duramente sancionado por ter criado "o programa de dopagem mais sofisticado, mais profissional e mais bem sucedido da história".

Perdeu os seus títulos de atleta e teve de pagar uma pesada quantia de 5 milhões de dólares (4.6 milhões de euros) ao governo dos Estados Unidos, uma vez que a US Postal era o patrocinador da sua equipa.

O esgotamento mental de Armstrong

O ciclista diz ter sofrido de perturbação de stress pós-traumático após todos estes acontecimentos.

"Normalmente associamos isso a pessoas que estiveram na guerra e perderam camaradas, viram a morte ou mataram inimigos. Mas não é preciso ser um soldado para sofrer de stress pós-traumático", afirmou.

Depois das suas confissões no programa de Oprah Winfrey, Lance Armstrong pensou inicialmente que podia tratar do assunto sozinho.

"A minha terapia? Andar de bicicleta, jogar golfe e beber umas cervejas", explicou à CNN em 2014.

Mas os sintomas depressa se revelaram demasiado fortes, pelo que Armstrong precisou de terapia intensa durante cinco dias, "dez horas por dia", numa clínica.

O antigo ciclista retirou-se definitivamente do ciclismo em janeiro de 2011, um ano antes de a Agência Antidopagem dos Estados Unidos (USADA) ter conseguido provar que se tinha dopado. A União Internacional de Ciclismo proibiu-o de praticar ciclismo para sempre.