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Loures acolhe os Jogos Nacionais dos Special Olympics durante três dias

Loures acolhe os Jogos Nacionais dos Special Olympics durante três dias
Loures acolhe os Jogos Nacionais dos Special Olympics durante três diasFacebook/Special Olympics Portugal
Mais de 30 instituições e cerca de 250 atletas participam, entre quarta e sexta-feira, em Loures, depois de um interregno de quatro anos, nos 5.º Jogos Nacionais Special Olympics, destinado a desportistas com deficiência intelectual.

Devido ao Mundial de Abu Dhabi, em 2019, e à pandemia posterior, as competições foram suspensas e António Marques, desde o ano passado presidente dos Special Olympics Portugal, destaca a importância de “instituições de todo o país, atletas, técnicos, voluntários, se juntarem para a prática de diferentes modalidades”, numa iniciativa que “é muito mais do que desporto”.

Durante três dias, são disputadas provas de atletismo, basquetebol, futsal, ginástica rítmica, golfe, equitação, natação e ténis de mesa, num total de oito disciplinas.

As modalidades de pavilhão, assim como as cerimónias de abertura e de encerramento, decorrem em Loures, mas o atletismo e o golfe estão previstos para o Jamor, em Oeiras, e o hipismo para a Ajuda, em Lisboa.

Segundo António Marques, o movimento Special Olympics pretende proporcionar a prática continuada de atividade física como forma “de inclusão”, com “impacto na inserção social” de quem tem deficiência intelectual, procurando que as pessoas se sintam valorizadas e melhorem a sua qualidade de vida.

A participação nestes eventos é muito importante para os atletas, é muito marcante. Não andamos atrás de medalhas. O objetivo principal é utilizar o desporto como uma ferramenta de inclusão”, salientou, em declarações à agência Lusa, o presidente dos Special Olympics Portugal.

António Marques acentuou que a intenção passas por os atletas “se superarem”, e destacou a importância dada pelos participantes às medalhas levadas para casa, enfatizando que, para a organização, o importante é “estarem em grupo, conviverem, conhecerem outras realidades e pessoas e saírem da rotina habitual”.

Eles fazem desporto, mas há ganhos bastante importantes em termos comportamentais, de autonomia, de autoestima, de competências sociais”, vincou o responsável pelo movimento em Portugal. “O que queremos é fazer uma festa para eles”, acrescentou António Marques.

Embora o intuito não seja ganharem, o presidente do movimento explicou que para os atletas ficarem entre os primeiros “é importantíssimo” e decorre do esforço feito, mas pormenorizou que a todos os participantes é entregue uma medalha, todos são chamados ao pódio, com seis lugares, e que as provas são organizadas numa lógica de integração e de “competirem entre iguais”.

Os atletas são inscritos em séries com tempos semelhantes. Se alguém terminar com um tempo superior em 10% àquele com que foi inscrito, é desclassificado, porque devia estar incluído em outro nível.

Nas duas últimas edições, em 2018 e 2017, os Jogos Nacionais decorreram em Cascais e na Covilhã.

António Marques recordou que em junho do próximo ano se realizam os Mundiais dos Special Olympics, em Berlim, e Portugal está a preparar-se para “levar uma grande delegação”.

Os Jogos Nacionais vão além do desporto e, durante os três dias, são feitos rastreios a visão, dentição, tensão arterial e outros aspetos relacionados com a saúde.

Caso seja necessário, são oferecidos ao atleta óculos, lentes e outros cuidados que podem melhorar a sua qualidade de vida.


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