Marcos Braz defende Vítor Pereira: "Não é porque perdemos duas finais que vou mudar o discurso"

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Marcos Braz defende Vítor Pereira: "Não é porque perdemos duas finais que vou mudar o discurso"
Marcos Braz deixou duras críticas ao árbitro da meia-final do Mundial de clubes
Marcos Braz deixou duras críticas ao árbitro da meia-final do Mundial de clubesAlexandre Vidal/Flamengo
Depois da desilusão, as explicações. Marcos Braz, vice-presidente para o futebol do Flamengo, deu esta quinta-feira uma entrevista à TV Globo e ao Globoesporte, analisando o mau arranque do clube, agora às ordens do português Vítor Pereira.

"A contratação do Vítor foi com convicção, isso é o mais importante para deixar claro. Não é porque perdemos duas finais que vou mudar o meu discurso. O Vítor não é um nome analisado no curto prazo pelo Flamengo. Já conhecia o seu trabalho, assim como o do Jorge Jesus. O Vítor ficou conhecido no Brasil pelo trabalho no Corinthians, mas nós já tínhamos outra análise, inclusive foi um dos avaliados para substituir Renato Gaúcho no início de 2022. É um técnico que já está adaptado ao Brasil, o que contou muito. É profundo conhecedor dos adversários. Achamos que seria um facilitador enorme para um bom trabalho aqui", começou por dizer Marcos Braz, reconhecendo ter sido um risco começar a pré-época apenas em janeiro.

"A gente sabia desse risco. Você não pode imputar somente ao tempo de trabalho o resultado, que não foi o que queríamos entregar. A diretoria do presidente Rodolfo Landim está há quatro anos a fazer muita entrega, bem acima da média histórica. Foram duas Libertadores, dois Brasileiros, uma Recopa, duas Supercopas. Tínhamos uma expectativa maior de chegar à final de um Mundial. Quando não se chega, é evidente que existem os questionamentos. Vamos avaliar o que poderia ter sido feito melhor. A gente entendia que era razoável fazer essa troca de comando, pela qualidade do elenco, pela vinda do Gerson. A temporada está apenas começando. Infelizmente a gente tinha o torneio de maior expectativa no começo. Mas a gente não trouxe uma comissão técnica para dois jogos. A gente trouxe para a temporada inteira", apontou o vice-presidente do Flamengo, que abordou, claro está, a eliminação do Flamengo nas meias-finais do Mundial de clubes, aos pés do Al Hilal, da Arábia Saudita.

"É evidente que é um início de trabalho, mas também não temos apenas uma semana de trabalho. Acho que o resultado não aconteceu e nem quero me apegar à arbitragem... Mas trouxeram um árbitro que nunca apitou no Mundial. Foi uma vergonha a arbitragem, foi um absurdo. Não quero usar isso como bengala, mas foi uma vergonha a arbitragem do romeno", afirmou Marcos Braz.

"A derrota deixa pedras no caminho de todo mundo, inclusive no meu, mesmo com todos os títulos que a gente conquistou. Essa pergunta só poderá ser respondida um pouco mais na frente, com a entrega de toda a temporada. Está muito cedo para abordar esse tema de maneira rasa. Tenho pavor de mudar de treinadores. O Flamengo, nos últimos quatro anos, ajudou a quebrar alguns paradigmas no futebol brasileiro. Esse é um grande momento. Não se pode em todas as derrotas colocar em cima de uma pessoa, de um técnico... trocar técnicos com tanta facilidade. Tomara que a gente quebre esse paradigma também, como fizemos com os técnicos estrangeiros", defendeu o dirigente do Flamengo, voltando a falar na escolha de Vítor Pereira como sucessor de Dorival no comando técnico.

"Temos confiança no grupo, que é vencedor e campeão. A gente tinha aqui dentro uma análise bem clara e bem transparente de que precisava fazer a troca do comando, e assim foi feito. Foi trocado, e em um segundo momento veio a situação do Vítor Pereira. A gente entendia que teria que ser trocado. É diferente de ser trocado pelo Vítor Pereira. A gente entendia que tinha que ser trocado. Apenas isso", justificou.