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Ministro britânico do Desporto confirma que vai usar braçadeira arco-íris no Mundial-2022

Ministra alemã do Interior já o fez quando se sentou ao lado de Gianni Infantino
Ministra alemã do Interior já o fez quando se sentou ao lado de Gianni InfantinoAFP
O ministro britânico do Desporto, Stuart Andrew, vai usar a braçadeira com as cores do arco-íris que a FIFA proibiu os jogadores de usarem no Campeonato do Mundo, quando assistir ao jogo da Inglaterra com o País de Gales no Catar, na terça-feira.

A Inglaterra e o País de Gales estavam entre as sete equipas europeias que abandonaram os planos de usar o símbolo anti-discriminação depois de terem sido ameaçadas com sanções desportivas pelo organismo dirigente do futebol mundial.

A Ministra alemã do Interior, Nancy Faeser, usou a braçadeira "OneLove" ("UmAmor") enquanto se sentava ao lado do presidente da FIFA, Gianni Infantino, na derrota da Alemanha por 2-1 com o Japão.

A homossexualidade é ilegal no Catar e houve múltiplos relatos de adeptos a terem itens confiscados pela segurança durante a primeira jornada da fase de grupos.

"Vou definitivamente usar a braçadeira "OneLove", disse Andrew, que é homossexual, à ITV News.

"Quero mostrar apoio e fiquei encantado por ver que a ministra alemã que assistiu a um jogo a usou, penso que é importante que o faça. E penso que tem sido realmente injusto para as equipas inglesa e galesa que, à última da hora, tenham sido impedidos pela FIFA de o fazer", vincou

O grupo de fãs inglês "3LionsPride" ("Orgulhodos3Leões"), que representa a comunidade LGBTQ, disse antes do torneio que os seus membros não viajariam para o Catar para o torneio.

"Estes jogos deveriam ser um espectáculo de celebração que todos os adeptos de futebol pudessem desfrutar. Mas infelizmente muitos deles sentem que não o são", acrescentou Andrew.

"Este não é um torneio para eles. Encontrei-me com adeptos de futebol LGBT, e foi realmente angustiante ver como ficaram emocionados por não poderem estar presentes. Eles sentiram que não podiam fazer parte disto e isso não é aceitável", finalizou.