Comparando a Fórmula 1 atual a "um circo", com regras "estranhas" em que se sente "perdido", Max Verstappen não poupou críticas numa entrevista sem rodeios à revista alemã Auto, motor und sport.
Embora o tricampeão do mundo diga que compreende as razões comerciais por detrás de certas escolhas, não esconde perplexidade em relação a certos formatos recentemente introduzidos, desde a corrida de sprint à obrigação de utilizar três tipos diferentes de pneus na qualificação, e reitera a sua opinião de que há demasiados Grandes Prémios numa época.
"Para mim, há demasiadas corridas e gostaria certamente de ver menos, mas nós não decidimos e a FIA também não", atirou, em resposta a uma pergunta sobre o que disse o presidente da federação, que gostaria de ver menos GP e mais equipas: "Mas eu digo sempre: menos corridas, mais qualidade". E as equipas? "Só se forem de boa qualidade e não se limitarem a encher o campo".
Não ao sprint
Verstappen criticou ainda a corrida de sprint, que "vista por um ponto de vista puramente de piloto de corridas retira alguma da magia, a magia que para mim, em criança, era ligar a televisão e ver a grelha de partida e pensar como iria correr. O sprint, por outro lado, permite-nos saber mais ou menos o que vai acontecer no dia seguinte, exceto em circunstâncias especiais. Além disso, o vencedor só ganha oito pontos e as diferenças em relação ao segundo ou terceiro não são grandes, por isso, normalmente, não tem grande importância."
Verstappen também se opõe ao formato do sprint shootout, a qualificação curta para o sprint: "Não gosto do formato de pneu médio-macio. Já não se sabe o que fazer. Só uma volta rápida? Ou rápida, lenta, rápida? Porque é que precisamos de todas estas coisas estranhas? Também eu me pergunto quais são as regras agora. Sinto-me perdido. É como um circo", atirou.