"Durante a pausa sonhei em estar em competição e hoje, graças a esta nova oportunidade, volto a sonhar", disse o ciclista de 33 anos numa conferência de imprensa em Bogotá.

Campeão do Giro d'Italia em 2014 e da Vuelta a España em 2016, precisamente com a Movistar, Quintana não foi contratado por nenhuma equipa profissional este ano, apesar de estar qualificado para competir pela União Ciclista Internacional (UCI).

"Eu sabia que os colombianos, com o coração, queriam que eu estivesse novamente nas estradas", disse o trepador num evento organizado pelo patrocinador da equipa.

Em 2022, a UCI anunciou a sua desqualificação da Volta a França devido a dois positivos para o analgésico tramadol, proibido no ciclismo desde 2019. Nessa competição, o colombiano tinha terminado em sexto lugar.

Quintana levou o seu caso a recurso para o Tribunal Arbitral do Desporto (CAS), mas este foi rejeitado. A decisão acabou por lhe custar o lugar na Arkéa-Samsic, a sua equipa na altura.

Apesar de estar fora de competição há mais de um ano, afirma estar "em forma, a nível desportivo", graças à sua formação.

"Quando alguns jornalistas vieram dizer: 'Não, o Nairo disse que ia deixar o ciclismo', tive de me levantar e dizer-lhes: 'Não, não me vou retirar. Vou continuar'", sublinhou Quintana, segundo classificado na Grande Volta em 2013 e 2015, atrás do poderoso Chris Froome.

Regressa agora à sua primeira equipa de ciclismo de elite, que o contratou pela primeira vez em 2012, e com a qual viveu os seus melhores momentos.

"Hoje estamos aqui novamente abraçados, a viver e a recordar os bons momentos e também a pensar no bom futuro que temos pela frente", afirmou.

Por seu lado, o treinador espanhol da Movistar, Eusebio Unzué, disse que espera "gerar ilusões" nos adeptos com este reencontro.

"Acho que Nairo ainda tem algumas delas guardadas", disse o veterano estrategista.

O colombiano não antecipou as competições em que estará presente no próximo ano. No entanto, disse que gostaria de representar a Colômbia nos Jogos Olímpicos de Paris 2024.

"Sim, há uma possibilidade. Quero correr tudo", assumiu.