Chegou ao fim a passagem de Noel Le Graet pela liderança da Federação Francesa de Futebol (FFF). O dirigente de 81 anos pediu, oficialmente, a demissão esta terça-feira na sequência das muitas polémicas que mancharam uma ponta final de um mandato de 12 anos onde se destaca a conquista do Mundial-2018 e a Liga das Nações de 2021.
No último ano, Le Graet foi acusado de comportamentos impróprios para com funcionárias da FFF, nomeadamente de assédio sexual, que levaram uma auditoria interna, sendo que o próprio nega qualquer crime. Além disso, viu-se debaixo de fogo por parte da comunidade gaulesa de futebol quando teve comentários poucos abonatórios para com Zinédine Zidane, grande figura da seleção francesa e um dos favoritos para ficar com o cargo de Didier Deschamps.
Para já, deverá ser Philippe Diallo a manter o cargo de interino que tem vindo a ocupar desde 11 de janeiro, quando Le Graet foi suspenso preventivamente. Será preciso agora que um quarto da assembleia federativa se mostre a favor para que sejam convocadas eleições antecipadas.
A saída de Le Graet deixa, no entanto, já uma herança pesada para o sucessor. Didier Deschamps renovou até 2026 como selecionador de França, numa decisão que teve a aprovação do conselho federativo. O contrato está assinado e, como tal, não pode ser revogado.