"A comunicação é um ponto importante, quando falamos a mesma linguagem, estamos também muito mais identificados. É verdade que há muitos termos brasileiros com os quais eu ainda preciso me identificar. Vou até criar um glossário para que as coisas sejam mais facilitadas, não para mim, mas na minha comunicação com vocês, com os jogadores e todos os envolvidos no dia a dia do futebol", afirmou Pedro Caixinha.
"É importante ter esse conhecimento, para tomar as melhores decisões. Quanto mais conhecimento, melhores decisões iremos tomar. O futebol é global, é universal. Mas já tivemos uma reunião para conhecer, por exemplo, no detalhe cada uma das competições - que são diferentes, a nível de organização, em cada país", acrescentou ainda o treinador português que, depois de União de Leiria, Nacional, Santos Laguna (México), Al-Gharafa (Catar), Rangers (Escócia), Cruz Azul (México), Al-Shabab (Arábia Saudita) e Talleres (Argentina), vai agora para a primeira experiência no futebol brasileiro, assumindo o comando técnico do 14.º classificado do Brasileirão na última temporada.
"Quando tive essas experiências em outros países, via e enfrentava treinadores de diferentes origens e isso era bom porque nos obrigava a ter muita flexibilidade em relação às diferenças que iríamos encontrar quando enfrentaríamos essas ideias de futebol", explicou Pedro Caixinha, já identificado com a nova realidade.
"Se pudesse resumir numa palavra, o estilo de jogo no Brasil é 'joga bonito'. É universal. O jogador brasileiro tem uma qualidade técnica individual incrível. Com o passar dos anos, os jogadores - a nível mundial - também mudaram muito a sua forma de ver o treino, são cada vez mais profissionais, procuram se preparar cada vez mais para aplicar o estilo de jogo do futebol brasileiro, e a intensidade que o jogo atual exige", disse Pedro Caixinha, deixando claro que no RB Bragantino vai apostar "num estilo de jogo agressivo, uma equipa sempre a atacar a baliza contrária quando está com a bola ou a atacar a bola quando está sem ela".