“Por onde tenho passado, os avançados têm feito sempre golos e ficam com a oportunidade de ir para outros campeonatos mais fortes, nos quais se têm conseguido valorizar. O Yusupha faz parte da nossa ideia, mas não faz golos sozinho e tem de ter um coletivo forte. Está a saber aproveitar a sua função”, frisou o técnico, em conferência de imprensa, assinalando o crescimento do melhor marcador das panteras em 2022/23.
Com nove golos e uma assistência nos 29 embates realizados nas diversas competições, o dianteiro, de 28 anos, atravessa a melhor campanha desde que assinou pelo Boavista, em 2017/18, sendo que faturou em quatro dos seis duelos cumpridos no novo ano civil.
“Na época passada, a partir da minha chegada, ele estava a conseguir (fazer golos), mas esteve ausente durante um período de dois ou três meses depois (de ter ido) à Taça das Nações Africanas (CAN) e não conseguiu dar continuidade. Começou bem esta época, antes de se ter lesionado na cara e ficado quase dois meses de fora. Voltou, está dentro das dinâmicas e a fazer golos. É um miúdo com qualidade, tal como o Róbert (Bozeník) e o Martim (Tavares). Está num bom momento e temos de saber aproveitá-lo”, enquadrou.
Yusupha abriu o marcador na visita ao Estoril Praia, na quinta-feira, num duelo em atraso da 14.ª jornada, no qual o clube do Bessa permitiu a reviravolta na segunda parte (1-2), quando atuava em inferioridade numérica, por expulsão do guineense Ibrahima Camará.
“Foram dois jogos difíceis. Com o Santa Clara estivemos a ganhar, mas empatámos (2-2, na 19.ª ronda). Depois, no Estoril, até fomos para o intervalo a vencer, mas a ausência do (Vincent) Sasso e a expulsão do Ibrahima obrigou-nos a baixar muito. O adversário tinha uma equipa jovem, com jogadores de qualidade e criou-nos dificuldades. Foi difícil, mas ainda bem que já há um jogo na segunda-feira para darmos uma boa resposta”, desejou.
Lembrando que “tem de haver uma gestão diferente”, face ao terceiro jogo disputado em 10 dias, Petit garantiu um Boavista preparado para receber o Casa Pia, a “sensação da primeira volta” da Liga, que também competiu há três dias e cedeu nos quartos de final da Taça de Portugal, ao perder com o secundário Nacional (2-5, após prolongamento).
“Tem dois centrais (João Nunes e Vasco Fernandes) ausentes, mas penso que pode vir com o mesmo sistema (de 3-4-3). É uma equipa que está junta com este treinador (Filipe Martins) desde a 2.ª Liga e foi buscar alguns reforços de qualidade. O (Saviour) Godwin é rápido a sair para a transição, o Rafael Martins gosta de segurar (a bola). Estudámos bem o Casa Pia, mas focámo-nos naquilo que podemos melhorar individual e coletivamente, além de corrigir as coisas que temos tido nas segundas partes dos últimos jogos”, notou.
Com o venezuelano Adalberto Peñaranda indisponível e Ibrahima Camará suspenso, ao contrário do nigeriano Bruno Onyemaechi, de regresso após cumprir castigo, Petit tem o francês Vincent Sasso e o colombiano Sebastián Pérez em dúvida por questões físicas.
O Boavista, nono classificado, com 25 pontos, vai receber o Casa Pia, sexto, com 30, na segunda-feira, às 21:15, no Estádio do Bessa, no Porto, no encontro de encerramento da 20.ª jornada do campeonato, com arbitragem de Manuel Mota, da associação de Braga.