Em relação à vitória diante do Moreirense (2-1) que carimbou um lugar nos oitavos de final, Artur Jorge fez quatro alterações na equipa do SC Braga com Tiago Sá, Niakaté, Álvaro Djaló e Vitinha a serem substituídos por Matheus, Tormena, Abel Ruiz e Simon Banza. Já Paulo Sérgio, que não teve de se preocupar com uma partida a meio da semana, fez alinhar o mesmo onze do Portimonense que venceu o Gil Vicente (2-1) na ronda anterior.

Contra a corrente
Decidido a fazer esquecer a derrota diante do Casa Pia, o SC Braga entrou assertivo no jogo e quis resolver a questão no imediato, mas esbarrou num muro japonês. Sucessor de Samuel Portugal na baliza do Portimonense, Nakamura mostrou-se a grande nível e negou por duas vezes o golo a Ricardo Horta (13 e 19 minutos) e outra a Tormena (19 minutos).
Contudo, diz-nos a sabedoria do futebol que quem não marca arrisca-se a sofrer e assim foi. O Portimonense começou por dar um aviso, quando Anderson, aos 39 minutos, acertou na trave. Na jogada seguinte concretizou-se a ameaça: Aos 41 minutos, Moufi cruzou da direita, Ouattara cabeceou uma primeira bola e permitiu a defesa a Matheus, mas na recarga acertou no fundo das redes.
Meter a mão onde não é chamado
Em desvantagem ao intervalo, o SC Braga parecia que ia entrar no segundo tempo mais intenso na busca pelos três pontos, mas acabou por entrar apático, talvez dominado pelo cansaço de jogar pela segunda vez em três dias e só aos 57 minutos é que Nakamura voltou a ser chamado a jogo, para defender uma bola de Iuri Medeiros.
Foi então que os bracarenses receberam uma mão de Diaby. Aos 63 minutos, numa disputa de bola com Banza na área, o médio tocou a bola com a mão e o árbitro Tiago Martins não teve dúvidas, apontando de imediato para a marca de grande penalidade. Chamado a converter, Iuri Medeiros conseguiu colocar a bola fora do alcance do guarda-redes algarvio, que ainda acertou o lado.
A reviravolta ficou carimbada aos 83 minutos, num lance que gerou muita polémica em Portimão. Iuri Medeiros cruzou do lado esquerdo, Vitinha saltou com um adversário – que pareceu carregar sobre as costas – cabeceou para Al Musrati e acabou por desviar o remate do líbio à boca da baliza. O VAR não descortinou qualquer infração, para incredulidade do banco do Portimonense.
Uma mão podia ter lavado a outra
Até final, novo momento de tensão, com o Portimonense a reclamar um penálti devido a uma alegada mão na bola de Paulo Oliveira após cabeceamento de Ricardo Matos. Chamado pelo VAR, o árbitro Tiago Martins foi visualizar as imagens e, após uma longa conversa, decidiu marcar grande penalidade. Durante o processo, Tormena viu um vermelho direto aos 90+9 minutos devido a protestos com o juiz. Seguiu-se uma nova expulsão para o SC Braga, desta vez a Paulo Oliveira pela falta que deu origem ao castigo máximo.
Chamado a converter, Paulo Estrela desperdiçou e acertou na bancada. Festejava efusivamente António Salvador no camarote presidencial, um triunfo precioso para o SC Braga, que terminou sem centrais de raiz.
Reveja aqui as incidências
Com o regresso às vitórias, o SC Braga cava uma diferença no terceiro lugar somando agora 28 pontos, mais três que o Casa Pia e Vitória de Guimarães e mais seis que o Sporting (visita o Famalicão). Já o Portimonense encontra-se no sétimo lugar com 19 pontos.
Homem do jogo Flashscore: Iuri Medeiros (SC Braga)
