É uma das surpresas da primeira fase do Campeonato do Mundo de 2022.Terceiro classificado do Grupo H, o Uruguai despediu-se da prova na fase de grupos, superado por uma surpreendente Coreia do Sul que venceu Portugal na última jornada (2-1) e carimbou o bilhete para os oitavos de final.
No rescaldo da eliminação, Ignacio Alonso, presidente da AUF, esteve à conversa no programa Polideportivo, da televisão Teledoce, onde não poupou nas críticas à arbitragem.
“A verdade é que os dois árbitros que cometeram erros graves nos nossos jogos (Alireza Faghani no jogo com Portugal e Daniel Siebert no duelo com o Gana) não vão dirigir mais nenhuma partida neste Campeonato do Mundo. E o que é certo é que não aconteceu só nos nossos jogos. Vejam o Ronaldo, por exemplo, alguém tosse ao lado dele e é penálti”, referiu, numa alusão ao lance no jogo entre Portugal e o Gana.
De resto, a frustração com a arbitragem foi visível no final da última partida do Uruguai, com os jogadores a reclamarem um penálti que poderia ter garantido o terceiro golo e o apuramento. Edinson Cavani deu um soco no ecrã do VAR à entrada para os balneários, enquanto José María Giménez empurrou um delegado da FIFA e vociferou para a câmara: “Bando de ladrões, são um bando de ladrões estes filhos da…”
“Foi um erro. Nenhum reagiu de forma correta e já falámos com os dois, sobretudo com o Giménez. Entretanto ele já falou com as pessoas da FIFA, pediu desculpa e disse que não era intenção. É uma atitude louvável e mostra o carácter do jogador”, explicou Alonso, comentando a possibilidade de os dois jogadores sofrerem um pesado castigo: “Existe um conjunto de punições que não são muito claras. Estamos a analisar os regulamentos para perceber o que fazer, porque existe alguma flexibilidade em termos disciplinares”.
Por último, Ignacio Alonso assumiu que gostava de continuar a contar com o atual selecionador, Diego Alonso, mas que ainda não é certo.
“Temos 10 dias ainda para pensar. Se a decisão fosse minha, o Diego renovava contrato. É alguém em quem confio muito e devemos-lhe respeito pela forma como nos levou ao Mundial. Por isso não estamos a pensar noutra pessoa, neste momento. Agora, se não existir acordo, obviamente que teremos de procurar outro treinador”, concluiu.