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Pela segunda vez na história, Uruguai e Gana encontraram-se numa partida do Campeonato do Mundo... e de tudo ou nada. Depois dos sul-americanos terem eliminado os africanos nos quartos de final do Mundial da África do Sul, em 2010, nas grandes penalidades, desta feita as equipas iriam decidir grande parte das contas do grupo H e a seleção que vencesse esta partida sabia de antemão que tinha o caminho para os oitavos praticamente assegurado.
Face às partidas da segunda jornada, Otto Addo promoveu duas alterações, ambas nas laterais, ao passo que Diego Alonso mexeu em três peças do seu xadrez. Nos Black Stars, Baba Rahman e Alidu Seidu foram as novidades, substituindo Gideon Mensah e Tariq Lamptey. Na Celeste, Facundo Pellistri, Giorgian De Arrascaeta e Luis Suárez foram chamados à equipa em detrimento de Diego Godín, Matías Vecino e Edinson Cavani.
Ao contrário do que se podia perspetivar, o início do jogo foi morno, com as equipas a não arriscarem muito e, naturalmente, a bola longe das balizas. A primeira oportunidade apareceu aos 16 minutos, com Jordan Ayew a rematar para defesa de Rochet. No entanto, este lance acabou por resultar numa grande penalidade a favor do Gana depois do VAR ter visto um derrube do guardião a Kudus. Na cobrança, André Ayew permitiu a defesa de Rochet e o resultado manteve-se sem golos.
A grande penálti teve o condão de animar a partida e espevitou os sul-americanos. Ao minuto 23, Darwin apareceu isolado na cara de Ati-Zigi, picou a bola, mas Salisu impediu o golo com um corte importantíssimo. Todavia, três minutos depois, o jogador do Liverpool cruzou para a área, a defesa falhou o corte e a bola sobrou para o remate de Suárez, Ati-Zigi defendeu e, na recarga, De Arrascaeta fez o golo de cabeça, em cima da linha de baliza.
Pouco depois, excelente jogada coletiva de La Celeste, com Suárez a servir Arrascaeta e o jogador do Flamengo a rematar de pronto para o segundo golo, que deixava o Uruguai mais confortável no desafio e em vantagem na luta pelo segundo lugar. Depois do segundo tento, Betancur queixou-se de um problema físico e teve de ser substituido.
Até ao intervalo, os sul-americanos geriram e controlaram o desafio, regressando aos balneários com dois golos de vantagem, depois de uma primeira parte em que a equipa nem começou bem, mas acordou depois do penálti favorável ao Gana, que Rochet defendeu.
No segundo tempo, Otto Addo mexeu na equipa e Osman Bukari e Kamal Sulemana entraram para os lugares de Jordan e André Ayew. O Gana entrou determinado em virar o resultado e ir à procura do apuramento e, nos primeiros minutos, os homens que entraram levaram o perigo à área uruguaia (46 e 56 minutos). Ao minuto 57, Darwin caiu na área do Gana, o VAR considerou penálti, mas depois de visualizar as imagens, Daniel Sieberto mandou jogar, considerando que o choque com Amartey não foi suficiente.
Os sul-americanos responderam e, após combinação de Darwin com Suárez, Pellistri recebeu de Mathías Oliveira e atirou, com perigo, à malha lateral. O ritmo do desafio voltou a decair, mas o Uruguai continuava por cima e, à entrada para os últimos 20 minutos, Fede Valverde desferiu um remate fortíssimo de longe para grande defesa de Ati-Zigi.
Na reta final, os ganeses criaram perigo por intermédio de Semenyo (78 minutos) e Kudus (81) até que o cenário se inverteu graças à vitória da Coreia da Sul diante de Portugal, com o Uruguai a precisar de mais um golo para seguir em frente. No banco de suplente, Suárez ia chorando e a equipa procurava dar-lhe a alegria naquele que deverá ser o seu último Mundial.
Cavani atirou ao lado aos 89 minutos, antes de cair na área e o árbitro mandar seguir. Aos 90+5 minutos, Maxi Gómez tentou de longe, mas Ati-Zigi defendeu. Na última oportunidade do jogo, já para lá da hora, o Nicolas de la Cruz rematou para as mãos do guardião e o Uruguai foi eliminado na fase de grupos da competição, facto que não acontecia desde 2002. O Gana também abandonou a competição e quem sorriu foi a Coreia do Sul.
Homem do jogo Flashscore: Giorgian De Arrascaeta (Uruguai)
