Presidente da federação queria ver Portugal a liderar remo de mar olímpico em LA-2028

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Presidente da federação queria ver Portugal a liderar remo de mar olímpico em LA-2028

Luís Ahrens Teixeira recorda que a federação que lidera já há 10 anos que está a apostar no remo de mar
Luís Ahrens Teixeira recorda que a federação que lidera já há 10 anos que está a apostar no remo de marFacebook/FPR
A Federação Portuguesa de Remo (FPR) apoia a aposta olímpica da modalidade na vertente de mar, lamentando apenas que boa parte dos clubes nacionais não tenha reagido a tempo do país poder liderar internacionalmente esta especialidade.

“Somos o melhor país da Europa para a prática do remo de mar, não tenho qualquer dúvida. Agora, depende se as pessoas querem aproveitar a oportunidade. Já perdemos demasiado tempo, por teimosia dos clubes. Há um comboio que devíamos estar a liderar e não estamos. E acho que já não vamos a tempo de o fazer...”, lamentou o presidente da FPR, Luís Ahrens Teixeira.

Em declarações à Lusa, o dirigente comentava a decisão da comissão executiva do Comité Olímpico Internacional de, a partir dos Jogos de Los Angeles2028, as provas de double-scull ligeiros serem substituídas por competições de remo de mar.

“Quando a modalidade passa a ser nomeada olímpica, os países com grande poder financeiro, que já estavam a investir, como a Inglaterra, Países Baixos ou França, vão investir ainda mais e não temos capacidade financeira para lutar com eles. Perdemos a vantagem competitiva e tenho muitas dúvidas que se possa recuperar o tempo perdido”, notou.

Luís Ahrens Teixeira recorda que a federação que lidera já há 10 anos que está a apostar no remo de mar – “percebemos qual era o caminho e organizámos um Campeonato do Mundo em Portugal” –, até porque “mais de 90% dos clubes estão virados para o mar”, pelo que entende que agora estes têm a “oportunidade de explorar essa vertente”.

O líder federativo recorda que o remo olímpico, em pista de águas paradas superior a dois quilómetros de comprimento, é uma competição para a qual boa parte dos clubes tem dificuldade em dar resposta, pelo que o remo de mar é mesmo a aposta de futuro.

“Vamos ver se os clubes querem aproveitar ou não. Acho que a FPR desde há 10 anos que achou que este era o caminho para trazer mais pessoas para o remo e para este se aproximar delas. Somos um país virado para a praia, com uma costa fabulosa…”, completou.

O olímpico de pista Pedro Fraga, o melhor remador português da história, está “bastante entusiasmado” com o projeto de mar, que está a liderar dentro da federação.

Apesar do double-scull ligeiro ser a especialidade em que Portugal é mais forte internacionalmente, com os irmãos Afonso e Dinis Costa em busca do apuramento para Paris2024, Luís Ahrens Teixeira entende que o sacrifício desta vertente pelo remo de mar “faz sentido”, lembrando que nos últimos anos “tudo apontava para esta decisão”.

Entre outros fatores, recordou que montar infraestruturas olímpicas de remo numa praia é incomparavelmente mais barato do que a competição em pista.

Quanto a Afonso e Dinis aproveitarem a derradeira oportunidade olímpica para o double-scull, garante não ter dúvidas de que vão estar em Paris2024.

“Acredito profundamente que vão estar em Paris. Tinha sido mais fácil no apuramento mundial de setembro, mas o Afonso esteve dois meses lesionado. Chegámos a equacionar se valia a pena ir. Em abril de 2024 (repescagem europeia), há ainda muitas equipas de topo de fora, mas tenho inteira confiança e acredito plenamente que eles e nós vamos conseguir. Eles merecem muito”, sentenciou.