Presidente de Rosario defende que ataque ao supermercado da família de Messi pode ter sido feito por polícias

Supermercado da família de Messi, em Rosario, foi alvo de um ataque criminoso
Supermercado da família de Messi, em Rosario, foi alvo de um ataque criminosoAFP

O presidente da Câmara de Rosario, na Argentina, Pablo Jawkin, afirmou esta noite, em declarações à Radio Mitre, que os recentes ataques ao supermercado da família de Lionel Messi, naquela cidade, não foram levados a cabo por criminosos mas antes, defende, por elementos de forças de segurança, nomeadamente da polícia.

"Não diria que foi feito por gangs criminosos. Na minha opinião, as características deste episódio não se coadunam com a atuação de gangs, mas provavelmente de forças de segurança", afirmou o mayor da cidade de Rosario, Pablo Javkin.

Além de terem disparado sobre os cadeados do supermercado, os agressores deixaram ainda uma mensagem dedicada ao avançado argentino do PSG, capitão da seleção: "Messi, estamos à tua espera, Javkin também é um traficante de droga, ele não tomará conta de ti".

Apesar da cidade de Rosario ser marcada por vários gangs de tráfico de droga, o presidente daquela cidade, Pablo Javkin lembrou que o ataque foi filmado pelas câmaras de segurança e, apesar de ainda não terem sido identificados os autores, todos eles usavam luvas, tinham as caras tapas e usavam equipamento de mota. Daí que, na visão do autarca, este não tenha sido um crime como habitualmente surge na cidade.

"Este é um ataque mais virado para a ordem pública. O facto do presidente da cidade ser mencionado, bem como o nome do Messi, garantindo assim uma repercussão mundial, e de não ter havido qualquer pedido de dinheiro, leva-me a crer que se passa algo de estranho em tudo isto", afirmou Pablo Javkin.

"Não houve qualquer ataque à família de Messi ou de Rocuzzo. Não houve qualquer chamada ou pedido algum de resgate", acrescentou o autarca, que explicou depois a sua teoria dos acontecimentos.

"Para mim é uma reação do setor da polícia pelas mudanças que têm de ser feitas nessa área", disse Pablo Javkin, lembrando a recém-nomeação de um novo ministro da segurança, em fevereiro, para a província de Santa Fé, da qual faz parte a cidade de Rosario.

Pablo Javkin lembrou que o tráfico de droga "costuma envolver" intervenção policial e que "a sistemática ação de todos os poderes e níveis do estado" é necessário porque "o tráfico de drogas e de armas em Rosario é algo que acontece diariamente".