Previsão das ATP Finals: A corrida pelo número um do ranking e o recorde de Djokovic

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Previsão das ATP Finals: A corrida pelo número um do ranking e o recorde de Djokovic

Os oito que vão lutar pelo título em Turim
Os oito que vão lutar pelo título em TurimProfimedia
As ATP Finals de Nitto começam a 13 de Novembro, com os oito melhores jogadores do mundo lutam para reclamar o troféu final da época. Novak Djokovic entra como o favorito apesar da sua derrota com Holger Rune em Paris, enquanto Rafael Nadal e Stefanos Tsitsipas também terão os olhos postos noutro prémio.

Turim (Itália) acolheu as primeiras ATP Finals em 2021, depois de 12 anos em Londres (Inglaterra), com Alexander Zverev a vencer Daniil Medvedev (6-4, 6-4) para reclamar a segunda vitória nesta competição. No entanto, o campeão em título falhou este ano, depois ter rompido os ligamentos em Roland Garros, em Junho.

Infelizmente, o número um mundial, Carlos Alcaraz, também teve de desistir após sofrer uma lesão no estômago na sua derrota na meia-final contra Rune em Paris, deixando as hipóteses de terminar como o final do ano no topo do ranking fora das suas mãos. Mas mais sobre isso mais tarde.

A fase inicial é um formato de grupos: Dois com quatro tenistas cada, sendo que os jogadors defrontam-se uma vez. Os dois primeiros de cada grupo passam às meias-finais, com o vencedor do Grupo Vermelho a ficar com o segundo classificado do Grupo Verde, e vice-versa. Se dois jogadores terminarem com o mesmo número de pontos, então quem tiver o melhor resultado frente-a-frente, ganha a vantagem.

Se três jogadores estiverem com o mesmo número de pontos, o critério de desempate passa a ser a maior percentagem de sets ganhos, e potencialmente a maior percentagem de jogos ganhos.

Grupo Vermelho

Novak Djokovic é o favorito para ganhar as ATP Finals pela sexta vez, o que lhe permitia igualar o recorde de Roger Federer. Apesar de ter falhado vários torneios esta época por não ser vacinado - incluindo os Opens da Austrália e Estados Unidos - ainda conseguiu chegar ao oitavo lugar no ranking o que prova o quão bom tem sido nos últimos 12 meses.

Tudo isto fica ainda mais impressionante quando se considera que o seu triunfo em Wimbledon não contou para o ranking, uma vez que os tenistas russos e bielorrussos estavam banidos. Uma vitória em Itália seria a cereja no bolo após as suas conquistas em Tel Aviv (Israel), Astana (Cazaquistão), e Roma (Itália), juntamente com o seu grande sucesso em Londres (Inglaterra). O sérvio é notoriamente bom também em courts interiores, o que é um factor enorme nos seus resultados aqui.

No entanto, ele foi sem dúvida sorteado para o grupo mais duro. Dos outros três jogadores com quem vai competir, dois deles já ganharam as ATP finals antes, em comparação com o Grupo Verde que não tem nenhum antigo vencedor.

Existe o segundo cabeça-de-série Stefanos Tsitsipas. Ele reivindicou o título em Londres em 2019, depois de vencer Dominic Thiem na final, mas sofreu uma época de altos e baixos. Ganhou os masters de Monte Carlo no início do ano, depois reclamou um título na relva em Maiorca.

Ao nível dos Grand Slam, chegou à meia-final na Austrália em Janeiro, mas uma eliminação na quarta ronda em França, uma dramática derrota para Nick Kyrgios na terceira ronda em Wimbledon, e a queda contra Daniel Galan no primeiro jogo no US Open resumiu uma campanha muito mista para o elegante grego. As meias-finais alcançadas em Paris duas semanas antes dar-lhe-á confiança, pese embora a derrota com Djokovic.

Tsitsipas também terá os olhos postos noutro prémio. Se ganhar o troféu sem perder uma única partida, terminará  a época como o líder do ranking. Isto faria dele o único homem na história da ATP a consegui-lo sem vencer um Grand Slam, e o primeiro a fazê-lo desde John McEnroe em 1982. Embora seja improvável passar pelo seu grupo completamente incólume, é definitivamente um incentivo adicional.

Campeão de 2020 e finalista do ano passado, Daniil Medvedev, teve uma época aquém das expectativas de acordo com os seus elevados padrões. Depois de sofrer uma derrota desoladora para Nadal na final do Open da Austrália, quando liderava por dois sets, não conseguiu reencontrar o seu melhor, tipicamente implacável. Para ser justo, estes 12 meses foram cheios de peripécias. Depois de ter apanhado uma lesão após a derrota na Austrália, falhou Wimbledon por ser russo0

Normalmente tão prolífico no hard courto americano, Medvedev apareceu completamente pela forma, com uma saída prematura US Open, enquanto campeão em título, a ser um verdadeiro ponto baixo este ano. Ganhou os seus primeiros títulos do ano em Los Cabos e Viena em Agosto e Outubro, mas ainda não se apresentou perto do seu melhor. No entanto, se entrar no ritmo, será uma força a ter em conta.

Andrey Rublev, que bem se pode queixar de sorte no sorteio, entra como o menos cotado deste grupo. Este ano, o russo ganhou quatro títulos, é o seu segundo ano mais prolífico após 2020 (cinco títulos). Apesar disso, não conseguiu intrometer-se entre os grandes nos Masters e Grand Slams. Contudo, o seu forte jogo de linha ajudou-o a chegar aos quartos-de-final dos Open de França e dos Estados Unidos. As expectativas são de que ele irá dar luta neste grupo.

Grupo Verde

Muitos olhos esta semana estarão sobre Rafael Nadal. O espanhol, detentor de 22 Grand Slam teve uma temporada fenomenal, ganhando quatro títulos, incluindo o Open da Austrália e Roland Garros aos 36 anos de idade.

Mas o avançar da idade está a começar a mostrar-se, e a segunda metade do ano foi marcada porlesões. Desde que teve de se retirar da meia-final de Wimbledon, em Julho, com uma lesão abdominal, não conseguiu ganhar novo ímpeto. As derrotas em Cincinnati e, mais recentemente, em Paris, bem como uma eliminação às mãos de Frances Tiafoe no US Open nos últimos meses, foram uma verdadeira fonte de frustração para o espanhol.

Esta é a 11ª participação nas ATP finals, mas ainda não venceu a competição e só chegou à final duas vezes. As condições de indoor não se adequam ao jogo de Nadal, e ele está frequentemente no ponto de ruptura em termos físicos nesta altura do ano. Assim, não está excessivamente confiante em deixar uma grande marca em Turim.

"Estou feliz por estar aqui, feliz por estar a jogar o último torneio do ano, partilhando com os outros sete primeiros do ranking. Preciso de praticar, preciso de melhorar, mas estou feliz. Estou aqui para dar o meu melhor e para tentar alcançar os meus objectivos", disse, acrescentando: "Claro que vai ser um desafio, mas espero estar pronto para conseguir uma oportunidade. É isso que procuro, apenas praticar o melhor possível com a atitude certa e apenas tentar estar preparado para a acção que vai começar no domingo".

Pelo menos deverá ter ficado satisfeito com o sorteio, com três jogadores relativamente inexperientes ao seu lado. Terá esperança de que, se conseguir começar bem, poderá recuperar parte da forma que o viu reclamar dois Grand Slams no início do ano.

Nadal também tem uma hipótese de terminar como o final do ano como número, e o seu percurso para o até esse objetivo é mais fácil do que o de Tsitsipas. Se ganhar o título em Turim, reclamará esta coroa mesmo com uma derrota na fase de grupos. Mas se  chegar à final invicto, não precisará sequer de a ganhar para terminar como o melhor homem de 2022. 

Com Nadal no Grupo Verde, está Casper Ruud. O norueguês mostrou muita qualidade em 2022 e acabou com o estigma de ser puramente um especialista na terra batida, com exibições brilhantes em todas as superfícies.

Ruud chegou a duas finais do Grand Slam este ano, tornando-se o primeiro jogador escandinavo desde Stefan Edberg a consegui-lo. Perdeu para Nadal em França e Alcaraz em Flushing Meadows, mas a evolução foi notória para todos, e garantiu o seu lugar como um dos melhores jogadores do mundo. Também conquistou três títulos.

Apesar disso, estas são as condições que ele considera mais difíceis, tal como Nadal. Nas suas próprias palavras: "O meu jogo é vulnerável em courts de indoor".

O topspin de direita é muito menos eficaz nos courts mais rápidos, e as saídas prematuras nos últimos torneios indicam isso.

Mas um homem que adora absolutamente estas condições é Felix Auger-Aliassime, e está a chegar com muita confiança

O dotado canadiano ganhou três torneios em três semanas, em outubro, e às meias-finais em Paris. Ganhou o primeiro título da sua carreira no início do ano em Roterdão, e a melhoria tem sido rápida nos últimos meses.

O seu serviço e grande direito são feitos por medida para estas condições, e sem dúvida que ele vai estar a imaginar as suas hipóteses de sair do grupo.

E finalmente, o homem mais afortunado do torneio, Taylor Fritz. Após terminar em nono lugar na Race to Turin, a desistência de Alcaraz deu ao americano um bilhete de ouro para as finais da ATP.

Apesar deste toque de sorte, Fritz teve uma época muito impressionante. A vitória no início deste ano no Indian Wells Masters foi o maior troféu da carreira. Também reinou vitorioso em Eastbourne e Tóquio, e uma viagem até aos quartos de final em Wimbledon foi o seu melhor desempenho de sempre.

A sua forma pode ter diminuído um pouco nas últimas semanas, mas uma aparição em Turim será uma agradável surpresa, e ele procurará aproveitá-la ao máximo.

O torneio começa no domingo, com Ruud a defrontar Auger-Aliassime na sessão da tarde. Nadal enfrenta Fritz mais tarde nessa noite.