Questionado sobre a possibilidade de deixar de competir num futuro próximo, Rafael Nadal garantiu que ainda não vê o momento acontecer, mas garante que quando colocar um ponto final na carreira, "gostava que fosse num court de ténis".
"Não vejo porque não sou muito de tentar adivinhar, prever ou preparar o futuro, porque as coisas mudam muito rápido. Sei que esse momento está mais próximo do que no ano passado, sem dúvida, e que há dois anos. É lógica pura. Quando tiver de acontecer, acontecerá", disse,
O tenista espanhol, que a par do rival - mas também amigo - Roger Federer construiu uma carreira de sucesso, admitiu que a retirada do suíço "foi um dia triste e emocionante", algo que antevê que possa acontecer com Lionel Messi e Cristiano Ronaldo.
"Creio que (Federer) é um dos grandes ícones da história do desporto, pelo que foi um momento duro, e não falo apenas como rival e companheiro, mas sim amante de ténis. Passei o mesmo com o Pau (Gasol) ou o (Zinedine) Zidane e vai acontecer com (Lionel) Messi e Cristiano (Ronaldo). São pessoas com as quais crescemos, partilhando momentos e vendo-os na televisão. São quase família. E quando se retiram, como no caso do Roger, sabes que não os voltarás a ver competir", explicou.
Nadal abordou ainda a evolução de Carlos Alcaraz, jovem espanhol que ocupa a liderança do ranking ATP e que mereceu rasgados elogios do atual número dois da hierarquia mundial.
"É muito especial e é um jogador que creio que vai marcar uma época. O que tem ele de especial? Normalmente, o que torna alguém tão especial é ser muito bom, nada mais (risos). Quando digo que é especial, quero dizer que é muito rápido, bate na bola com muita força, tem um grande drive e uma grande esquerda e capacidade para ser um grande tenista", apontou.