Rivalidade Nápoles-Juve: Da rasteira de Sivori e livre de Maradona ao "onde estás?" de Higuain

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Rivalidade Nápoles-Juve: Da rasteira de Sivori e livre de Maradona ao "onde estás?" de Higuain

Rivalidade Nápoles-Juve: Da rasteira de Sivori e livre de Maradona ao "onde estás?" de Higuain
Rivalidade Nápoles-Juve: Da rasteira de Sivori e livre de Maradona ao "onde estás?" de HiguainProfimedia
O jogo entre os Azurri e os Bianconeri nunca será um encontro vulgar. Contra os de Turim, El Pibe de Oro marcou um dos golos mais icónicos e improváveis da carreira.

Para o Nápoles, o verdadeiro dérbi não é contra o Avellino ou a Salertinana (adversários locais). Porque para os adeptos napolitanos, a rivalidade mais sentida nada tem a ver com a proximidade geográfica. E a verdade é que mesmo em Turim, por esta altura, há muito poucos snobs ainda convencidos de que este jogo só interessa aos Azurri.

Durante os anos 1980 e a última década, o Nápoles-Juve foi muito mais do que um simples jogo. Na verdade, muitas das vezes estava também em jogo uma boa parte do Scudetto. No entanto, as primeiras rixas entre os dois clubes na era moderna datam dos anos 1960, com a transferência de Omar Sivori, que estava farto de Heriberto Herrera, do Comunale para o San Paolo.

O brasileiro José Altafini chegou também do AC Milan e o recém-promovido Nápoles deu-se ao luxo de entrar imediatamente na luta pelo título ao vencer a Juventus no seu próprio terreno em 01 de dezembro de 1968. O jogo ficou na história devido à firme marcação de Erminio Favalli ao antigo companheiro de equipa que, cansado das repetidas faltas, fez tropeçar o Favalli, provocando uma rixa que lhe custou seis jornadas de castigo, que nunca serviu porque se reformou alguns dias mais tarde.

Por outro lado, os anos setenta deram a Altafini o apelido de "core 'ngrato" (coração ingrato), pois marcou o golo no jogo do título de 1974-1975 no Estádio Comunale, que entregou o título à Juve. A primeira mão no San Paolo terminou, no entanto, com uma goleada a favor dos Bianconeri (2-6), naquela que é ainda hoje recordada como uma das derrotas mais humilhantes da história do Nápoles.

E ainda falando de ex, como podemos esquecer o golo que Gonzalo Higuaín marcou noutro 01 de dezembro, desta vez em 2017, contra a antiga equipa? E, sobretudo, como podemos esquecer a sua celebração, culminando com o seu agora famoso gesto dirigido à tribuna presidencial: mão na testa à procura do inimigo Aurelio de Laurentiis (presidente do Nápoles): "Onde estás?".

Contudo, foi em meados da década de 1980 que os jogos entre Nápoles e Juventus se tornaram os mais importantes e sentidos da liga. De facto, à rivalidade entre as duas equipas juntou-se a rivalidade entre os dois números 10 mais fortes do mundo: Diego Armando Maradona e Michel Platini.

Foi precisamente a Azzurri, liderada pela classe do campeão argentino, que pôs fim à hegemonia da Juve de Giovanni Trapattoni. Inesquecível, a cobrança irrepreensível de Diego no San Paolo: "Tu tocas, eu marco", disse El Pibe a um incrédulo Eraldo Pecci. E marcou.