Dupont recebeu luz verde do cirurgião para voltar a jogar râguebi duas semanas e meia depois de uma operação a um osso da face partido, e terá de voltar a estar em plena forma para participar no desafio brutal de enfrentar os campeões em título.
A influência de Dupont na equipa e no seu jogo é tal que tê-lo como titular no Stade de France seria um trunfo importante, mas a equipa francesa não vai correr riscos e sabe que tem em Maxime Lucu (30 anos) um substituto sólido.
"Se Antoine voltar (à titularidade), é porque estará em plena forma", disse o diretor de saúde da França, Bruno Boussagol.
O técnico da defesa, Shaun Edwards, estava muito otimista de que Dupont estará pronto para começar contra os Springboks.
"Estamos confiantes de que ele será capaz de jogar contra os Springboks no domingo", escreveu Edwards na sua coluna no The Daily Mail.
"Dado o nível de jogador que ele é, eu apoiá-lo-ia para entrar diretamente na equipa. Ele é um líder. Como treinador de defesa, vou passar algum tempo extra com ele esta semana para o preparar. Vamos fazer um pouco mais de trabalho de desarme, porque ele não teve contacto durante algumas semanas", acrescentou.
Se o selecionador Fabien Galthie decidir que Dupont não pode jogar, ou ser titular, no domingo, o seu substituto Lucu mostrou que pode fazer brilhar o médio Matthieu Jalibert na goleada de 60-7 da França sobre a Itália, e o seu trabalho defensivo certamente impressionou Edwards.
"Estou a dar ao Maxime o prémio de jogador defensivo da semana devido aos seus desarmes e à forma como nos fez sair dos nossos próprios 22 contra a Itália na sexta-feira à noite", escreveu Edwards.
"Chamamos-lhe sorties de camp - jogadas de saída. Ele estava a chutar com o pé direito e esquerdo como Antoine faz e o prémio será uma garrafa de champanhe Moet e Chandon", assumiu.
Dupont agora tem duas placas de titânio na maçã do rosto e, embora seja tecnicamente seguro para jogar, pode ter alguma apreensão, embora a África do Sul tenha dito que não o visaria por esse motivo.
"Ele é um grande jogador e dá muita confiança à equipa. Mas não nos afeta se ele joga ou não", disse o médio sul-africano Faf de Klerk (31 anos) aos jornalistas.
"Preparamo-nos para enfrentar a equipa, não os indivíduos. Dito isso, para mim, pessoalmente, é sempre bom enfrentar os melhores do mundo", acrescentou.