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Mundial de Râguebi: Nova Zelândia quer voltar a impressionar a Argentina nas meias-finais

Mark Talea, da Nova Zelândia, voltou à equipa depois de motivos disciplinares
Mark Talea, da Nova Zelândia, voltou à equipa depois de motivos disciplinaresReuters
A Nova Zelândia não vai entrar em campo apenas para carimbar o bilhete para o Campeonato do Mundo de Râguebi, quando defrontar a Argentina na primeira meia-final no Stade de France, esta sexta-feira, mas sim para ter um desempenho inesquecível.

Os All Blacks, que começaram com uma derrota para a anfitriã França, fizeram uma exibição cintilante contra a Irlanda, líder do ranking, nos quartos de final, com uma mistura de eficiência e defesa firme que os deixou no caminho certo para um quarto título mundial recorde.

A Argentina passou pelo lado mais fácil do sorteio com garra, mas isso não será suficiente contra uma Nova Zelândia que não dá sinais de complacência.

"Sabemos que estes jogos são de vida ou de morte. Sabemos que temos de melhorar o nosso desempenho", disse o técnico da Nova Zelândia, Ian Foster - uma declaração que soa como um aviso para os Pumas.

"Nunca nos ouviram dizer que somos favoritos. O palco fica maior a esta altura do torneio e é preciso melhorar o nosso jogo. Esse é o nosso grande foco. A melhor equipa da noite ganha. A Argentina fez isso connosco", lembrou o treinador.

Duelos recentes entre as duas seleções
Duelos recentes entre as duas seleçõesFlashscore

A Argentina venceu a Nova Zelândia por 25-18 no ano passado, no Rugby Championship, mas os All Blacks ganharam os dois últimos confrontos, na mesma competição, por 53-3 em 2022 e 41-12, este ano.

Foster voltou a chamar o extremo Mark Telea, depois de este ter ficado de fora da equipa no fim de semana passado por motivos disciplinares, enquanto Sam Whitelock está de volta à segunda linha.

Curva de aprendizagem

A Argentina não levará para a disputa apenas as lições da vitória contra os All Blacks, mas também o que aprendeu com as derrotas contra os tricampeões.

"Não se pode dizer que um jogo significa que podemos fazer isso, porque há outros jogos em que não conseguimos", disse o técnico da Argentina, Michael Cheika.

"Trata-se de entender o que é preciso, o que temos de fazer. É assim que se cresce, pegando essas experiências e correndo com elas - não pode ser a partir daquela vitória, tem que ser parte dela, o que fizemos desde então, todos os sucessos e fracassos que tivemos ao longo do caminho", explicou.

Cheika fez uma mudança na equipa que venceu o País de Gales por 29-17 nos quartos de final, com o médio Gonzalo Bertranou a regressar às escolhas, no lugar de Tomas Cubelli.

A Argentina levará o seu físico para o jogo, mas a Nova Zelândia estará preparada, como mostrou na vitória por 28-24 contra a Irlanda, líder do ranking, no último fim de semana.

"Sabemos como eles (Argentina) são físicos, especialmente entre os atacantes. Eles correm muito, fazem scrum, conduzem muito. Tudo é uma questão de fisicalidade e de vencer essas batalhas", disse o lateral neozelandês Beauden Barrett.

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