Jogo contra o Vitória de Guimarães: "Espero um jogo difícil. Nos jogos fora temos tido mais dificuldades do que em casa e, a acrescentar a isso, é um Vitória que, apesar de não estar numa boa fase em termos de resultados, é bem treinado e tem princípios de jogo muito interessantes. Vai ser uma deslocação difícil, como é historicamente".

Ausência de Anderson: "Vai jogar alguém com qualidade, porque eles têm várias soluções na frente. O André Silva poderá jogar mais no corredor central e entrar o Nélson da Luz ou outro jogador. Têm várias soluções de qualidade. Cabe-nos olhar para a dinâmica da equipa e não só para um jogador".

Dificuldades fora: "Ainda hoje, antes do treino, frisei isso em conversa com os jogadores. Nos próximos quatro jogos, três são fora. A essência do jogo é sempre a mesma. São 11 para 11, em princípio, como equipa de arbitragem e duas balizas, uma para atacar e outra para defender. Com os adeptos, pode haver uma atmosfera diferente, mas temos de encarar os jogos fora como os em casa. Em casa temos sido um bocadinho mais eficazes do que fora. Houve um jogo, contra o Santa Clara, em que não gostei tanto do espírito competitivo, mas nos outros estivemos bem, mesmo em Vila do Conde, onde a primeira não foi boa, mas na segunda criámos oportunidades suficientes para ganhar o jogo. Temos de trabalhar e dar uma resposta positiva no jogo de amanhã".

Jogo contra o Casa Pia serve de alerta? "Não tem de servir de exemplo. Os jogos servem para que a equipa evolua e aprenda com o que fez ou não fez. Temos trabalhado em cima disso, como equipa e individualmente. A semana de trabalho foi boa, como as outras, e o que queremos é passar para o jogo aquilo que somos diariamente. Contra o Casa Pia, merecíamos claramente ter ganho. Se tivermos essa atitude amanhã, acho que as coisas acabam por correr bem com maior ou menor dificuldade. São três pontos muito importantes para nós".

O Vitória de Guimarães está mais frágil? "Eu tive a oportunidade, o gosto e o prazer de trabalhar no Vitória de Guimarães e conheço a paixão dos adeptos. Não é um clube fácil para equipa técnica e para os jogadores, mas isso faz com que o clube tenha aquela mística, com pessoas muito apaixonadas pelo clube. O que acontece à volta não deve interferir com o bom trabalho do Moreno. É preciso dar tempo à juventude (do plantel) e à equipa técnica. Por exemplo em Braga - que a par do Casa Pia está a fazer o campeonato fantástico -, se fazem o 3-0… estavam muito organizados, a sair bem para o ataque, mas acabaram por perder. Estavam a fazer um jogo extraordinário. O essencial está lá, na qualidade individual e coletiva, e também na equipa técnica".

Contexto atual cria mais pressão? "Nós estamos habituados aos jogos com pressão e às dificuldades que temos de ultrapassar. Defendemos as cores de um clube onde existe sempre pressão e, se não existir, eu faço o favor de a criar. Não podemos olhar para o jogo de amanhã e pensar que um resultado que não seja a vitória será positivo. Queremos muito ganhar porque estamos atrás de duas equipas e queremos acabar o campeonato em primeiro lugar".

Moreno: "O Moreno foi meu jogador e, em algumas coisas, aprecio-o, como a outros jogadores que apanhei já com experiência, como o nosso Pepe. Era um jogador importante no balneário, muito sério e competitivo na forma de trabalhar. Revejo-me nesse estado de espírito, sem dúvida, mas não tenho conhecimento profundo do que é como treinador, porque só conheço o trabalho que está a fazer esta época. Sei que está a dar passos certos, porque vejo trabalho na equipa dele".

Menor utilização de Pepê: "O Galeno está muitíssimo bem, o João Mário tem estado também muito bem. O Pepê não está a jogar mas é um titular do FC Porto, como todos os outros, mesmo os que jogam menos. Jogando de início ou entrando, é extremamente importante para nós e um dos jogadores mais talentosos com que já trabalhei".

Mercado de transferências: "O que nos pedem é trabalho, dedicação e ambição, algo a que as pessoas do FC Porto estão habituadas e que nós, nos últimos cinco anos e meio, temos tido. Para se ganhar o campeonato é preciso muitíssimo trabalho. O importante é o que fazemos aqui diariamente e que depois se traduz nos resultados que temos nos jogos".

Palestra Pepe à formação: "O que o Pepe quereria com certeza dizer é que pode existir algum relaxamento depois de uma vitória. É um momento em que temos de estar mais alerta, porque se ganhámos é porque fizemos mais coisas bem do que mal, mas há que dar continuidade. E isso pode distrair-nos um bocadinho. Temos tido algumas desatenções que não são normais, especialmente nos jogos fora de casa".

O FC Porto visita o Estádio D. Afonso Henriques, casa do Vitória de Guimarães , este sábado, pelas 20:30 horas, em jogo da 17.ª jornada da Liga portuguesa.