Mais

Sergio Ramos: "Há muitas estrelas mas, para se vencer, é preciso união"

Sergio Ramos cumpre a segunda época no Paris Saint-Germain
Sergio Ramos cumpre a segunda época no Paris Saint-GermainAFP
Sergio Ramos, central internacional espanhol de 36 anos do Paris Saint-Germain, deu esta segunda-feira uma entrevista ao site da UEFA, no lançamento do jogo com o Bayern Munique, dos oitavos de final da Liga dos Campeões, onde passou em revista a sua carreira.

A cumprir a segunda temporada no Paris Saint-Germain, Sergio Ramos falou da saída do Real Madrid, onde esteve durante 16 temporadas consecutivas.

"Deixar o Real Madrid foi, obviamente, uma mudança muito grande. O meu objetivo é sempre continuar a vencer. Ganhei muito com o Real Madrid, mas achei que era uma boa oportunidade para mudar de ares... e tentar ajudar uma equipa como o PSG. Foi tudo muito difícil no início. É preciso encontrar casa para morar e estabelecermo-nos, principalmente quando vimos com a família e com quatro filhos. O processo foi algo difícil no começo, mas acabou por dar tudo certo", lembrou o central espanhol que, na época de estreia, fez apenas 13 jogos oficiais.

"No princípio, depois de dar este salto, tudo correu mal. Lesionei-me, tive muita dificuldade para recuperar e adaptar-me ao novo sistema, à nova equipa e ao novo treinador. Começamos a duvidar se fizemos ou não a coisa certa. Mas a minha carreira tem sido definida pela consistência, pela perseverança e pelo árduo trabalho. Continuamos a lutar e isso dará mais significado às coisas no futuro", afirmou Sergio Ramos, antes de falar do plantel galático do Paris Saint-Germain.

"Há muitas estrelas e alguns dos melhores jogadores do mundo. Porém, para se vencer é preciso união e estarem todos focados no mesmo objetivo. Se uma equipa acaba por ganhar é é porque deixou os egos pessoais para trás. O objetivo esta época é unirmo-nos, fazer sobressair as melhores versões de nós mesmos e mantermo-nos equilibrados como equipa. Isto é mais importante do que qualquer estrela que possamos ter", defendeu o defesa internacional espanhol em 180 ocasiões, na véspera de medir forças com o Bayern Munique.

"Quando penso no Bayern, penso no dia em que lhes marquei (um golo em 2014). Claro, sabemos que é uma das melhores equipas que poderíamos defrontar, um enorme desafio, mas ultrapassá-los daria uma mensagem muito positiva. Para vencer a Champions League é preciso vencer os melhores e o Bayern está entre eles todos os anos", elogiou Sergio Ramos, que também deixou palavras positivas ao seu treinador, Christophe Galtier.

"O que chama a atenção é a naturalidade e a humildade com que chegou à equipa. É um treinador que nunca mente, que fala cara a cara e isso, para mim, é muito importante. Também é um bom treinador: venceu títulos com equipas antes de chegar ao PSG e ganhou experiência que está a transmitir para o plantel", disse o experiente defesa que, aos 36 anos, já pensa no final de carreira.

"Invisto muito tempo no futebol e não tenho tido tempo para a família. Como tal, quando me retirar, vou passar dois anos dedicados à educação dos meus filhos, a viver as coisas quotidianas que não se podem fazer ao mesmo tempo que jogamos futebol, como esquiar, levar os filhos nas férias sem pressão, levá-los às aulas de ténis. Uma vida normal. Terei de estar mais por dentro dos meus negócios, mas no fim de contas o que me dá adrenalina e me anima é o futebol. Fiz isto toda a minha vida e é o que faço de melhor. Vejo-me como presidente, diretor desportivo ou treinador", assumiu Sergio Ramos.