Há uma imagem de 2019 que dificilmente se esquece. Diante do Estrasburgo, uma bola picada por Christopher Nkunku, que levava a direção da baliza, não entrou porque Eric-Maxim Choupo-Moting, atrapalhado pelo seu próprio movimento, impediu um golo que parecia certo e confirmou um empate (2-2) que atrasou a coroação do PSG no campeonato.
Dessa temporada, lembra-se o falhanço e o facto de ter lesionado Marco Verratti durante um treino, privando o italiano de parte da famosa Final 8 da Liga dos Campeões, em agosto de 2020.
Ainda assim, convém lembrar que foi do avançado o golo frente à Atalanta, nos descontos, que valeu ao PSG a passagem às meias-finais da prova. Portanto, se o conjunto francês disputou a final da prova milionária nesse ano, foi também graças ao contributo do camaronês.
Confiança concedida, confiança devolvida
Num mundo em que as estatísticas imperam, Choupo-Moting não é uma máquina de fazer golos, mas, depois de dois anos como segunda opção, conquistou o seu espaço e é, hoje, titular na maioria das vezes.
E o certo é que nem a saída de Robert Lewandowski para o Barcelona, no verão passado, fez com que a direção do Bayern optasse por recrutar um substituto. Sadio Mané chegou, mas não é um nove puro e os responsáveis bávaros consideraram que esse papel ficaria bem entregue ao camaronês, que podia dar conta do recado.
E estavam certos. Choupo-Moting conta 13 golos em 19 jogos nesta temporada, incluindo 10 no 10 últimos jogos antes da paragem para a realização do Mundial-2022.
Utilizado como referência, dada a sua capacidade física, o avançado está cada vez mais à vontade dentro da dinâmica da equipa e tornou-se um elemento a quem não deve ser dado espaço de manobra. Acima de tudo, fez progressos significativos no seu posicionamento, deslocando-se de forma mais inteligente e mostrando-se implacável na hora de finalizar.
Uma Alemanha aos pés do Leão Indomável
Finalmente respeitado ao mais alto nível, é na Alemanha - e nos Camarões, claro - que o seu talento é amplamente reconhecido. Lançado no Hamburgo, Choupo-Moting deu nas vistas em Mainz, pela mão de Thomas Tuchel, que foi também um dos principais responsáveis pela sua contratação para o PSG.
Antes, foi no Schalke 04 que se tornou um jogador reconhecido na Bundesliga. Não tanto pelos golos, mas principalmente pelo seu poder físico e pelas qualidades atléticas. Depois de três temporadas, mudou-se para o Stoke, pelo qual não evitou a despromoção, antes de chegar a Paris, onde se manteve por duas temporadas.
Suplente de Lewandowski durante duas épocas, Choupo-Moting vive uma fase brilhante da carreira. Uma ascensão merecida para um jogador cujo profissionalismo é elogiado.
Provavelmente não haverá vingança quando defrontar o [a href="/equipa/psg/CjhkPw0k/"][b]PSG. Apenas o desejo de provar que pode influenciar o jogo e ajudar à conquista de uma Liga dos Campeões que lhe escapou por pouco com a camisola parisiense numa noite de agosto de 2020, contra o Bayern.