Questionado sobre a saída de Madrid, Sergio Ramos não escondeu que se tratou de "uma grande mudança". "O meu objetivo é continuar sempre a ganhar. Ganhei muito com o Real Madrid, mas pensei que era uma boa oportunidade para mudar de ares... para tentar ajudar uma equipa como o PSG".

"No início, foi tudo muito difícil. Tens de encontrar um lugar, assentar, sobretudo quando estás com a família, no meu caso com quatro filhos. O processo foi um pouco duro, mas tudo acabou por correr bem", lembrou, admitindo dificuldades na adaptação à nova vida, principalmente no começo, altura em que "tudo correu mal".

"Lesionei-me, a recuperação custou-me e foi difícil adaptar-me ao novo sistema, à nova equipa e ao novo treinador. Começas a duvidar se fizeste bem ou mal. Ainda assim, a minha carreira sempre se definiu pela consistência, a preserverância e o trabalho árduo. Trata-se de continuar a lutar, isso dá sentido às coisas que acontecem no futuro".

A atravessar uma pequena crise depois de duas derrotas consecutivas e alegadas discussões no seio da equipa, o PSG prepara uma fase crucial da época e Sergio Ramos apontou o caminho a seguir num plantel em que "há muitas estrelas, alguns dos melhores jogadores do mundo".

"Para ganhar há que estar unidos e remar todos na mesma direção. Se uma equipa acaba a vencer é porque deixou para trás os seus egos pessoais. O objetivo desta temporada é unirmo-nos, darmos a nossa melhor versão e mantermos o equilíbrio como equipa. Isso é mais importante que qualquer estrela que possamos ter na equipa", vincou.

Sobre o Bayern, o defesa mostrou-se ciente de que "é uma das melhores equipas que podemos enfrentar, um desafio enorme", ressalvando porém que "superá-los seria uma mensagem muito positiva que enviaríamos ao mundo".

"Para se ganhar a Liga dos Campeões, há que ganhar aos melhores e o Bayern está entre eles todos os anos", destacou, sem esquecer o dia em que marcou "contra eles, em 2014".

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A Liga dos Campeões é um sonho antigo do PSG e Sergio Ramos sublinha que "os casamentos baseiam-se sempre num sonho e num par perfeito tudo correrá bem". Contudo, recorda, "no futebol, nem sempre funciona, as melhores equipas nem sempre ganham".

"A meu respeito, o que posso dizer é que estou onde quero estar e que este é um clube com muita fome de conquistar a Liga dos Campeões. Quero aproveitar ao máximo o que me falta na carreira para tentar voltar a vencer esta competição", assegurou.

Quanto ao futuro, o defesa assumiu que vai "dedicar dois anos à educação" dos filhos e a "viver coisas do dia-a-dia que não se podem fazer com o futebol", mas não fecha a porta a um regresso ao futebol.

"Esquiar, levar os miúdos de férias sem pressão, levá-los às aulas de ténis... tentar ter uma vida normal. Terei de estar mais consciente em relação aos meus negócios, mas, no final, o que me dá adrenalina e paixão é o futebol. Fi-lo durante toda a minha vida e é o que faço melho. Vejo-me como presidente, diretor desportivo ou treinador no futuro".