Halep procura 10 milhões de euros de compensação da Quantum Nutrition, que opera como Schinoussa Superfoods, após testar positivo no Open dos Estados Unidos de 2022 para Roxadustat, um medicamento frequentemente usado por pessoas com anemia.

O Roxadustat está na lista de substâncias proibidas da Agência Mundial Antidopagem porque pode aumentar a hemoglobina e a produção de glóbulos vermelhos, aumentando a resistência.

A romena Halep disse que usou suplementos de Schinoussa durante o torneio de Flushing Meadows de 2022 e que o Keto MCT que ela tomou foi contaminado com Roxadustat, que não foi divulgado no rótulo.

A bicampeã de Grand Slam disse que nunca usou nenhuma substância proibida, e que a negligência da Quantum e as falsas alegações de que o suplemento era legal prejudicaram a sua carreira e causaram humilhação.

Halep pede também uma indemnização punitiva. A queixa foi apresentada num tribunal estadual de Nova Iorque, em Manhattan. A Quantum, com sede em Scarborough, Ontário, não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

O seu fundador disse ao jornal canadiano The Globe and Mail, em outubro, que Halep procurava um bode expiatório e que a sua empresa estava a ser transformada no "culpado".

Halep recorreu da suspensão de quatro anos imposta em setembro passado por um tribunal da Agência Internacional para a Integridade do Ténis.

Apesar de concordar que Halep não sabia que o suplemento poderia conter Roxadustat, o tribunal disse que a contaminação não poderia ter explicado a quantidade da droga encontrada na amostra de urina recolhida em 29 de agosto de 2022.

Halep recorreu dessa decisão na semana passada para o Tribunal Arbitral do Desporto em Lausanne, na Suíça.

"Eu realmente acredito que a verdade vai aparecer e o dia de estar no tribunal vai ser em breve", disse Halep aos repórteres.

Halep venceu o Open de França em 2018 e Wimbledon em 2019.