Sven-Goran Eriksson, com cancro terminal, cumpre "sonho" de treinar o Liverpool

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Sven-Goran Eriksson, com cancro terminal, cumpre "sonho" de treinar o Liverpool

Sven-Goran Erikssen, antigo selecionador de Inglaterra, durante uma conferência de imprensa
Sven-Goran Erikssen, antigo selecionador de Inglaterra, durante uma conferência de imprensaProfimedia
O sueco Sven-Goran Eriksson, antigo treinador do Benfica, há alguns meses diagnosticado com cancro terminal, regozijou-se esta sexta-feira por cumprir o “sonho” de dirigir o Liverpool, no fim de semana num jogo de velhas glórias contra o Ajax.

O sueco de 76 anos revelou em janeiro que tinha "no máximo um ano" de vida depois de lhe ter sido diagnosticado um cancro no pâncreas. Na altura, Eriksson, antigo treinador de Benfica, Manchester CityLazio, revelou o amor que sempre teve pelo Liverpool e como sempre desejou ser treinador do clube um dia.

O Liverpool respondeu anunciando que Eriksson, que conduziu a Inglaterra aos quartos de final dos Campeonatos do Mundo de 2002 e 2006, vai fazer parte da sua equipa técnica no jogo de sábado contra o Ajax.

"É como um sonho. Quando era treinador, sonhava sempre com o Liverpool, mas isso nunca aconteceu. Uma vez esteve perto, houve uma discussão, há muitos anos. Nunca aconteceu. Mas agora aconteceu! Quando me perguntaram, pensei que era uma piada. Respondi que sim, e é caridade, o que torna tudo ainda mais bonito", disse Eriksson numa conferência de imprensa antes do jogo, na sexta-feira.

Eriksson explicou que o seu amor pelo Liverpool vem do facto de o seu pai ser adepto do clube.

"Honra da sala das chuteiras"

Eriksson contou ainda que, por volta de 1979, quando era um jovem treinador na Suécia, escreveu ao Liverpool a perguntar se podia assistir a uma das sessões de treino do clube.

O Liverpool era então orientado por Bob Paisley e Eriksson ficou encantado com o convite para ir a Anfield.

"Vi um jogo e alguns treinos, tive a honra de entrar na sala das chuteiras. Foi ótimo, fantástico", disse.

"Em todas as sessões de treino, eles jogavam a um toque, a dois toques. A qualidade do jogo era incrível, e os treinadores diziam-me "simplifica". Aprendi muito, é claro", contou.

Eriksson terá os antigos jogadores do Liverpool Ian Rush, John Barnes e John Aldridge ao seu lado na linha de fundo, enquanto supervisiona uma equipa de "lendas" que inclui Steven Gerrard e Fernando Torres.

Eriksson, o primeiro seleccionador estrangeiro de Inglaterra quando foi nomeado em 2001, disse que estar no comando dos Três Leões continua a ser um ponto alto da sua carreira.

"Para mim, ser treinador de Inglaterra é o maior trabalho que se pode ter. Não ganhámos nada, mas fiquei extremamente orgulhoso e feliz todos os dias por ter aquele trabalho, porque sei que é um dos maiores trabalhos no futebol que se pode ter no mundo. É muito especial", afirmou.

Eriksson, questionado sobre se sentia falta de ser treinador, disse: "Se eu dissesse que não, estaria a mentir. Claro que se sente falta".

"Mas tenho consciência de que já estou numa certa idade. Não faz mal. O que fiz, fi-lo e estou contente com isso. Agora está quase a acabar - este será o último jogo, suponho. Por isso, é ótimo", apontou.