O antigo seleccionador inglês, de 76 anos, revelou em janeiro que tinha "no máximo um ano" de vida, depois de lhe ter sido diagnosticado um cancro no pâncreas.

Na altura, o sueco, cuja longa carreira na gestão de clubes incluiu passagens pelo Manchester City e pela Lazio, revelou o amor que sempre teve pelo Liverpool e como sempre desejou ser treinador do clube um dia.

O seu sonho tornou-se realidade no sábado, quando Eriksson, ao lado das velhas glórias do Liverpool Ian Rush, John Barnes e John Aldridge no banco de suplentes, ajudou a supervisionar uma vitória por 4-2.

Eriksson disse depois que tinha derramado lágrimas antes do pontapé de saída, quando foi aplaudido de pé pelo público ao entrar no relvado, com os adeptos a cantarem o hino do Liverpool, "You'll Never Walk Alone".

"Vai ser uma grande recordação na vida. Absolutamente lindo. Sentar-me no banco do Liverpool foi o meu sonho durante toda a minha vida. Agora aconteceu, e foi um dia lindo em todos os sentidos. O público, o jogo, os jogadores, tudo, fantástico, e obrigado ao Liverpool por me ter dado esta oportunidade, por me ter convidado para um jogo tão importante - não são pontos, mas a importância do jogo é incrível", apontou Eriksson.

O Liverpool perdia por 2-0 ao intervalo, mas os golos de Gregory Vignal, Djibril Cissé, Nabil El Zhar e Fernando Torres viraram o jogo a seu favor.

"Estava cheio de emoções, com lágrimas a cair. Tem sido o clube dos meus sonhos durante toda a minha vida, mesmo quando tinha a Inglaterra, também apoiava o Liverpool, mas não o podia dizer na altura. É um bom final, terminar com o Liverpool, não pode ficar muito melhor que isto", continou.

Os Reds foram capitaneados por Steven Gerrard, que fez parte da seleção inglesa com Eriksson. 

"Ele (Gerrard) é o chefe lá fora, claro (ainda é máquina)!", disse Eriksson.

As receitas do jogo, que contou com 59.650 adeptos em Anfield Road, reverteram a favor de instituições de ensino locais.