Recorde as incidências da partida
“É fundamental saber jogar finais e jogar na Taça de Portugal. É algo diferente. Eu tive a sorte de ganhar duas, mas a experiência era outra no segundo ano e esse conhecimento foi um fator fundamental. O Sporting tem essa situação de querer fazer a dobradinha e o FC Porto não quer acabar a época sem troféus. Isso também importa e, por aquilo que já conheço daquele clube nestes momentos, existe ali uma vontade extra de querer sempre mais”, expressou à agência Lusa o ex-médio angolano dos dragões, entre 1998 e 2001.
FC Porto, segundo clube mais titulado, com 19 troféus, sete abaixo do recordista Benfica, e Sporting, terceiro, com 17, vão medir forças no domingo, a partir das 17:15, no Estádio Nacional, em Oeiras, na final da 84.ª edição da segunda competição mais importante do futebol nacional, que conta com arbitragem de Fábio Veríssimo, da associação de Leiria.
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“As taças têm sido sempre intensas nos últimos anos. Vai ser um grande jogo entre duas equipas que se respeitam e são intensas. Em termos de expectativas, eu acho que neste momento está 50/50 e não meto ninguém à frente. Por norma, a equipa que estiver mais inspirada e tiver mais vontade vai ganhar. As equipas conhecem-se e encaixam-se bem, porque já disputaram tantos jogos entre si. O que faz a diferença é a criatividade”, atirou.
FC Porto e Sporting já se cruzaram por 13 vezes nos últimos quatro anos sob alçada de Sérgio Conceição e Rúben Amorim, respetivamente, com Chaínho a esperar os mesmos figurinos do passado recente, apesar das mudanças estratégicas comuns dos dragões.
“O que irá fazer a diferença dentro de cada modelo são os jogadores, até porque mudam completamente o modo de jogar. Apesar de se conhecerem os sistemas, basta um atleta ser mais ofensivo e outro fechar mais ou menos para alterar essa dinâmica. Há nas duas equipas quem vá jogar a sua primeira final, mas não vejo que haja surpresas. Vão ser os detalhes a definir: como bloquear o Viktor Gyökeres naquele espaço que ele mais gosta, saber travar o Mehdi Taremi nessas diagonais ou limitar na zona central o Pepê”, traçou.
Vencedor de duas Taças de Portugal, em 1999/00 e 2000/01 - a primeira através de uma finalíssima face ao então recém-campeão nacional Sporting (2-0), volvida uma igualdade no primeiro jogo (1-1, após prolongamento), o ex-médio confia que o terceiro classificado da edição 2023/24 da Liga vai recuperar o hábito de se transcender em jogos grandes.
“Aquilo que é apanágio do FC Porto passa por dar sempre a volta nos momentos difíceis. Vimos isso na Liga dos Campeões e nos últimos jogos da segunda volta do campeonato. Sendo uma final, ou se chora ou se ri. Obviamente, eles tentarão ganhar o troféu, porque isto é um jogo de tudo ou nada e o último do presidente Pinto da Costa (à frente da SAD). Vão querer acabar bem, mas eu acredito que o desejo de querer mais do próprio Sérgio Conceição, que sabemos que é um treinador que puxa, irá ser fundamental”, enquadrou.
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O clássico assinalará a despedida de Pinto da Costa da SAD do FC Porto, cuja liderança exerce desde 1997, ano da criação dessa sociedade responsável pela gestão do futebol profissional azul e branco, que passa a ser assumida na terça-feira pelo antigo treinador André Villas-Boas, um mês depois de ter quebrado uma série de 42 anos e 15 mandatos do dirigente mais antigo e titulado do futebol mundial, ao impor-se nas eleições do clube.
“Foi muito mais complicado naquela fase prévia às eleições. Depois, as coisas mudaram. Neste momento, não acredito que haja essa pressão. As coisas são concretas e já estão delineadas. Existe uma nova era e, acima de tudo, há que acabar a época bem”, apelou.