Embora o dinamarquês de 20 anos já tenha aprendido muito - derrotou Djokovic em dois dos três encontros anteriores - não há mal nenhum em obter informações do homem que treinou o 24 vezes vencedor de Grand Slams em seis dos títulos Majors entre 2013 e 2016.
"É ótimo aprender com jogadores como (Boris) e com Rafa (Nadal), Roger (Federer) e Novak", disse Rune, número seis da ATP, no sábado, enquanto se preparava para o início do ATP Swiss Indoors, em Basileia, que arranca esta segunda-feira.
"Seria bom roubar um pouco do que eles fizeram. Acertaram em tantas coisas. O Boris esteve bem como treinador do Djokovic e como jogador. Estou ansioso por ouvir o que ele tem para dizer", prosseguiu.
O evento de nível 500 em Basileia, na cidade natal de Federer, será o primeiro torneio presencial para a dupla Rune-Becker, depois de uma semana de treinos em Monte Carlo, onde ambos estão sediados.
Rune foi vice-campeão há um ano, ao perder com Felix Auger-Aliassime, e será um dos pontos favortios do evento, depois da lesão de Carlos Alcaraz esta semana. Rune está ansioso por uma semana sólida no St. Jakobshalle e espera dar o passo em frente que lhe faltou em 2022.
"Boris está a ensinar-me coisas básicas, mas importantes. Vai ser bom, vão ver. Espero que me possa dar o máximo de conselhos possível e ajudar-me a fazer melhor", apontou.
Rune disse que a proibição de Becker de entrar na Grã-Bretanha até outubro de 2024, depois de um período numa prisão londrina por falência fraudulenta, não deve fazer diferença na sua colaboração.
"Não pensei nisso. Conheço as regras (leis), claro. Não é um grande problema e seria ótimo se ele pudesse ir, mas vamos ver", disse Rune.
Becker, de 55 anos e seis vezes vencedor do Grand Slam, confirmou na quinta-feira que estava de regresso à modalidade para treinar Rune após uma ausência de sete anos que incluiu a sua pena de prisão.
Becker tem trabalhado como analista televisivo desde que saiu da prisão em dezembro, depois de ter cumprido uma pena por ter escondido património das autoridades fiscais.