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O ex-número um mundial lutou perante a desvantagem para vencer Denis Shapovalov (24 anos) por 4-6, 7-6(5), 6-3.

Andy Murray, que quebrou uma série de seis derrotas consecutivas em Doha na semana passada, antes de sair contra o adolescente checo Jakub Mensik, disse à BBC em dezembro passado que 2024 poderia ser o seu último ano no ATP Tour.

"Provavelmente não me resta muito tempo, mas vou fazer o melhor que puder nestes últimos meses", disse Murray esta segunda-feira.

"Ainda adoro competir e ainda adoro o jogo. Obviamente, quanto mais velho se fica, mais difícil é competir com os jovens e manter o corpo em forma e fresco", acrescentou.

Murray pareceu dizer à sua secção de jogadores, durante a dura derrota contra Mensik na semana passada, que "este jogo já não é para mim", mas minimizou esses comentários.

"Por vezes, as pessoas dão muita importância ao que eu digo no campo e nem sempre é racional", explicou.

"Mas toda a gente me pergunta sobre isso a toda a hora", acrescentou.

Murray alcançou a sua 500.ª vitória em courts de terra batida, juntando-se a Roger Federer, Novak Djokovic, Andre Agassi e Rafael Nadal para atingir o marco.

"Sim, não é mau (500 vitórias em campo duro). Os courts duros têm sido uma grande superfície para mim ao longo dos anos... Estou muito orgulhoso disso", afirmou.

Murray teve dificuldades em conter uma exibição poderosa no primeiro set do antigo jogador do top 10, Shapovalov, que está à procura da sua melhor forma depois de ter perdido o final da época passada devido a lesão.

Mas o tricampeão do Grand Slam conseguiu um tie-break no segundo set, antes de chegar à decisão com um duplo break.

Murray vai defrontar o veterano Gael Monfils ou o francês Ugo Humbert, quinto cabeça de série, nos oitavos de final.

O britânico não chega aos quartos de final num evento ATP desde que perdeu a final para Daniil Medvedev no Catar, há mais de um ano.

Murray desceu 17 lugares na classificação ATP esta segunda-feira, caindo para o 67.º lugar.