Carlos Alcaraz ainda não treinou em relva depois do Grand Slam de terra batida. Só começa a treinar em Londres, onde se espera que fique cerca de um mês. Isto é, se conseguir chegar às rondas finais de Wimbledon. O nativo de Múrcia, de 20 anos, jogou apenas dois torneios neste piso como profissional até agora, ambas em Wimbledon. Em 2021, caiu na segunda ronda para Daniil Medvedev e, no ano passado, nos oitavos de final para Jannik Sinner.

"A coisa mais difícil nesta superfície é mover-se bem. Ir à rede e jogar agressivamente, é o que eu gosto de fazer", Alcaraz está ansioso pela sua estreia no evento ATP 500 no Queen's Club, onde enfrentará o francês Arthur Fils, um ano mais novo que ele, na primeira ronda.

"Posso ganhar todos os torneios em que participo", diz, cheio de confiança. Ao mesmo tempo, está consciente de que tem uma grande desvantagem em relação a campeões como Novak Djokovic.

"Ele e Roger Federer são os dois melhores que alguma vez pisaram um campo de relva, por isso vai ser difícil. Não vou dizer que não sou capaz de vencer o Djokovic, mas nesta superfície tenho menos hipóteses", admite o tenista espanhol.

Cãibras em Roland Garros

A meia-final contra Djokovic na terra batida parisiense, em que o tenista ficou limitado por cãibras no corpo inteiro após o segundo set, ainda está fresca em sua mente. Alcaraz diz ter tirado "coisas positivas" do jogo, porque foi apenas a sua terceira meia-final de um Grand Slam e "nunca é fácil jogar contra o Novak". No entanto, espera que da próxima vez seja diferente.

"Consigo lidar melhor com a pressão e os nervos. Este jogo ensinou-me muito", acrescentou o positivo espanhol.

Para além de Queens, Alcaraz tem também um tradicional torneio de exibição em Hurlingham antes de Wimbledon.