Depois de ter anunciado, em janeiro, que se iria retirar da modalidade no final da presente temporada, a norte-americana chegou à sua primeira final de um WTA 1000 e vai defrontar Elena Rybakina, este sábado, na luta pelo título do Miami Open.
Além de uma vaga na final do Open da Austrália de 2022, que perdeu para Ash Barty, este é o melhor desempenho de Collins num torneio de nível de elite e a tenista, classificada em 53.º lugar no ranking mundial, está a adorar cada minuto.
"Chegar à final, a primeira final de nível 1000 no meu estado natal na minha última época, é simplesmente fantástico", disse Collins, depois de derrotar a russa Ekaterina Alexandrova nas meias-finais.
"As recordações que criei esta semana, tanto dentro como fora do campo, deixam-me muito feliz", acrescentou.
Inevitavelmente, a questão que se coloca é se Collins, depois de ter indicado a sua saída da digressão, tem agora uma abordagem mais descontraída ao jogo, uma vez que a pressão está afastada.
Collins não está convencida de que esse elemento psicológico tenha sido um fator, pois diz que a vida de tenista profissional não dá muitas oportunidades de reflexão.
"Não tenho tempo para me sentar e ruminar e aprofundar os meus pensamentos, porque, honestamente, há muito na vida quotidiana para nós, atletas. Não sinto que os fãs vejam tanto isso", disse.
"É mais do que um trabalho das 9 às 5, porque é 24 horas por dia, 7 dias por semana. Honestamente, estou tão ocupada a fazer todas as coisas que preciso de fazer para me preparar para o dia seguinte. Sim, acho que me sinto bastante relaxada, porque pode ser uma série de coisas. Começei a ter um novo passatempo. Estou a jogar mais golfe, a correr mais, a fazer Pilates, todas estas coisas diferentes", explicou.
Quincy, o cão
Também disse, com um brilho nos olhos, que a presença do seu cão, Quincy, em Miami é outro fator que contribui para o seu sucesso.
Mas quando fala do seu animal de estimação e da sua nova alegria pelo golfe, continua orgulhosa dos seus feitos e concentrada na oportunidade de ganhar o maior prémio da sua carreira.
"Sinto que é um grande feito. Penso que todos nós queremos chegar às finais em torneios de nível 1000. Esses são os nossos maiores torneios durante o ano, para além dos Grand Slams. Este é muito especial. Não me canso de sublinhar o facto de estar no meu estado natal e ter aqui o meu cão, os meus amigos e a minha família. É realmente especial", afirmou.
"Sim, estou a jogar um ténis fantástico. Tenho alguns bons jogos contra jogadoras muito boas. Isso deve dar-me muita confiança para sábado", referiu.
Rybakina, quarta classificada no ranking mundial, começa como a clara favorita, depois de se ter livrado da doença que a afastou de Indian Wells.
A jogadora de 24 anos, que representa o Cazaquistão, passou mais de 11 horas em court e quatro dos seus cinco jogos foram para três sets.
Na quinta-feira, derrotou Victoria Azarenka por 6-4, 0-6, 7-6(2) e parece ter ganho mais resistência ao longo do torneio.
"Não esperava estar na final porque não estava tão bem preparada para este torneio", disse a campeã de Wimbledon de 2022.
"Estes jogos longos ajudaram-me a recuperar a forma. Agora não estou em forma só porque estou cansada de todos os jogos longos, mas no geral tem sido um torneio muito bem sucedido, independentemente do meu desempenho na final", explicou.
Rybakina chegou à final no ano passado, perdendo para a checa Petra Kvitova, e ganhou dois torneios 1000, Indian Wells e Roma no ano passado.