US Open: Gauff carrega legado de Serena Williams para a sua primeira final do Grand Slam

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Mais
Publicidade
Publicidade
Publicidade

US Open: Gauff carrega legado de Serena Williams para a sua primeira final do Grand Slam

Gauff leva o legado de Williams para a sua primeira final do US Open
Gauff leva o legado de Williams para a sua primeira final do US OpenAFP
Um ano depois da emocionante despedida de Serena Williams, a jovem Coco Gauff surgiu como a figura que pode pegar no seu testemunho dentro e fora do court e, no sábado, vai experienciar a sua primeira final do US Open contra a temível Aryna Sabalenka.

Aos 19 anos, a joia norte-americana pode ser coroada campeã do Grand Slam pela primeira vez diante de um público de Nova York que se lembra de como Serena Williams conseguiu o mesmo feito em 1999, com apenas 17 anos.

Se Williams conseguiu derrotar Martina Hingis, então número um mundial, Gauff tem pela frente a bielorrussa Aryna Sabalenka, a jogadora que assumirá a liderança da WTA na segunda-feira, no sábado às 21:00.

Acompanhe a final do US Open no Flashscore

A caminho da final, Gauff tentou afastar as comparações com Williams, ídolo de infância e vencedora de 23 torneios do Grand Slam, um fardo que carrega desde que chamou pela primeira vez a atenção do mundo, aos 15 anos.

"Serena é Serena", disse Gauff após o triunfo na meia-fina contra Karolina Muchova na quinta-feira. "Ela é a melhor de todos os tempos. Espero fazer metade do que ela fez".

Colocando as comparações em perspetiva, a jovem tenista afro-americana reconheceu que Williams foi uma figura fundamental que a inspirou a pegar numa raquete e a perseguir os seus sonhos.

"Ela foi capaz de transformar um desporto que é predominantemente branco", recordou Gauff. "Isso é algo que, quando era criança, e mesmo agora, significava muito para mim. Antes de eu nascer, não havia muitas (tenistas negras) até Serena. Não havia ícones no desporto que se parecessem comigo", disse.

"Por isso, enquanto crescia, nunca pensei que era diferente, porque a jogadora número um do mundo era alguém que se parecia comigo", observou.

Gauff rebentou na cena do ténis com uma vitória impressionante e simbólica sobre a irmã mais velha de Serena, Venus Williams, na primeira ronda de Wimbledon em 2019.

Desde essa conquista, com apenas 15 anos de idade, Gauff tem vindo a forjar a sua própria identidade e a estabelecer-se como uma voz reconhecida tanto nas questões desportivas, como nos desafios sociais e raciais que o seu país enfrenta.

Coco Gauff vista das bancadas
Coco Gauff vista das bancadasAFP

O conselho de Brad Gilbert

O desenvolvimento da joia de Delray Beach (Flórida) não foi tão vertiginoso quanto o de Williams, mas este ano ela está a começar a traduzir o imenso potencial em grandes troféus.

No mês passado, depois de ganhar o título do WTA 500 em Washington, conquistou a tão esperada primeira vitória em Cincinnati sobre a número um do mundo, Iga Swiatek, que a tinha derrotado sete vezes, incluindo na primeira final de um Grand Slam, em Roland Garros, em 2022.

Apesar do seu talento e do físico privilegiado, Gauff passou por momentos difíceis e sofreu de "síndrome do impostor", questionando se conseguiria estar à altura das enormes expetativas.

A mudança de mentalidade coincidiu com a chegada do prestigiado Brad Gilbert como conselheiro da equipa, após uma dolorosa eliminação na primeira ronda em Wimbledon, em julho.

A jovem explicou que o primeiro conselho que recebeu do antigo treinador de Andre Agassi foi simplesmente aprender a divertir-se: 

"Na primeira reunião que tive com o Brad antes de começar a treinar, ele disse: 'Tens de sorrir mais'. Quando disse isso, fiquei um pouco chocada. Pus-me a pensar e disse: 'Sim, vou fazê-lo'. É algo em que estou a tentar trabalhar e, obviamente, acho que está a ajudar os meus resultados", revelou.

Sabalenka contra Gauff e o público

Com o título em Cincinnati, o seu primeiro ao nível do WTA 1000, Gauff construiu uma série de 11 vitórias consecutivas, que será posta à prova no sábado contra Sabalenka.

A bielorrussa, que vai destituir Swiatek do número um do ranking WTA na segunda-feira, está a meio de uma época de consolidação como estrela do circuito.

A jogadora de 25 anos disputou cinco meias-finais consecutivase em Grand Slams, tendo conquistado o seu primeiro grande título no Open da Austrália no início deste ano.

Na noite de quinta-feira, a bielorrussa afastou os fantasmas das cinco meias-finais de grandes torneios que perdeu na carreira e consumou uma reviravolta dramática em três sets contra a local Madison Keys, que a tinha derrotado por 0-6 no primeiro set e serviu para a vitória no segundo.

Sabalenka, que diz ser "a sua própria psicóloga", vai precisar de toda essa dureza mental para enfrentar Gauff e os 23.000 adeptos no maior court do mundo que estarão a incentivar a pérola da casa no sábado.

Gauff "é uma jogadora inacreditável", reconheceu Sabalenka. "O público vai apoiá-la muito. Vou fazer tudo o que estiver ao meu alcance. Vou lutar por cada ponto e dar o meu melhor".