Wimbledon foi o único torneio Grand Slam que optou por impedir a participação de atletas russos e bielorrussos em 2022, após a invasão, tendo decidido agora permitir-lhes a inscrição como atletas neutros.
"O que é realmente importante é que se continue a falar sobre o que está a acontecer na Ucrânia, e não focar nos poucos atletas que podem ou não podem participar em eventos desportivos mais importantes", apontou Andy Murray ao website Tennis Majors.
"É uma decisão difícil para Wimbledon. O resto dos desportos foram numa direção completamente diferente da deles, o que condicionou ainda mais. Mas não acho que deva ser dada tanta atenção a isso, porque distrai sobre o que está realmente a acontecer. Não queremos que isso aconteça. Queremos que o verdadeiro assunto esteja na frente em todas estas discussões", acrescentou.
Vários tenistas ucranianos falaram sobre as dificuldades de continuarem a competir enquanto o seu país está em guerra.
"Vi algumas atletas a falarem sobre a dificuldade que tinham e sobre o facto de sentirem que podiam ter tido mais apoio durante esse período. Temos de perceber a sua perspetiva, também, e não apenas dos jogadores que não puderam competir no ano passado. Há jogadores ucranianos cujas famílias foram afetadas e eles que estão a passar por um período inacreditavelmente difícil. Isso é o que importa", vincou Murray.