Antevisão Flashscore à final de Wimbledon: Djokovic ainda é favorito sobre Alcaraz

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Antevisão Flashscore à final de Wimbledon: Djokovic ainda é favorito sobre Alcaraz

Novak Djokovic, da Sérvia, reage ao jogo contra Jannik Sinner, da Itália
Novak Djokovic, da Sérvia, reage ao jogo contra Jannik Sinner, da ItáliaAFP
As meias-finais de Roland Garros no mês passado pareciam gerar um pouco mais de entusiasmo e expetativa em comparação com o jogo do título em Wimbledon.

Isso deveu-se principalmente à competitividade garantida da competição parisiense, na qual se podia contar com o underdog Novak Djokovic para competir ferozmente debaixo de qualquer circunstância, sem desistir facilmente. Agora, é a oportunidade de Carlos Alcaraz mostrar o seu espírito de luta como underdog na sua superfície menos preferida e proporcionar uma final verdadeiramente merecedora.

O melhor que pode acontecer a qualquer jogador após uma derrota altamente desmoralizante e amarga num grande palco é ter uma desforra rápida numa superfície semelhante para procurar a redenção. Carlos Alcaraz tem precisamente essa oportunidade em Wimbledon este domingo. A derrota em Roland Garros deve ter sido difícil de digerir, porque não foi uma questão de ter sido superado no ténis, mas sim em termos de experiência e condição física.

Pelo contrário, Alcaraz conseguiu recuperar o controlo do jogo durante o segundo set e carregou esse ímpeto para o terceiro, mas infelizmente o seu corpo falhou a partir desse momento.

Carlos Alcaraz celebra a conquista de um ponto contra Daniil Medvedev
Carlos Alcaraz celebra a conquista de um ponto contra Daniil MedvedevAFP

A intensidade do confronto das meias-finais, juntamente com a pressão e as expetativas crescentes sobre Alcaraz, acabaram por afetá-lo, provocando cãibras em todo o corpo à medida que o jogo avançava.

"Não é fácil jogar contra o Novak. É claro que é uma lenda do nosso desporto. Se alguém disser que entra no court sem nervos para jogar contra o Novak, está a mentir. É claro que, ao jogar uma meia-final de um Grand Slam, temos muitos nervos, mas ainda mais quando enfrentamos o Novak. Essa é a verdade. Da próxima vez que defrontar o Novak, espero que seja diferente, mas os nervos vão estar lá", disse, após o recente duelo em Paris.

Alcaraz tem tido um bom desempenho em Wimbledon até agora
Alcaraz tem tido um bom desempenho em Wimbledon até agoraAFP

O jovem espanhol aceitou o revés com resiliência e começou a preparar-se para uma possível desforra contra Novak Djokovic em Wimbledon. A par dos esforços no campo, onde venceu os 11 jogos durante a época de relva, de um ponto de vista estratégico transferiu a pressão para o jogador sérvio.

"É óbvio que o Djokovic, juntamente com o Federer, é um dos melhores jogadores alguma vez vistos num campo de relva. Por isso, já vai ser complicado. Não estou a dizer que não sou capaz de vencer o Djokovic, mas acho que tenho menos hipóteses do que noutras superfícies", apontou, ainda antes de disputar o primeiro jogo em relva este ano.

Novak Djokovic, conhecido por abraçar os mais difíceis desafios e ainda apresentar os melhores desempenhos em circunstâncias de grande pressão, não hesitou em admitir que se considera o favorito.

Novak Djokovic devolve a bola a Jannik Sinner nas meias-finais
Novak Djokovic devolve a bola a Jannik Sinner nas meias-finaisAFP

Antes do seu jogo das meias-finais contra Jannik Sinner, há alguns dias, lançou um forte aviso ao resto do pelotão, afirmando: "Não quero parecer arrogante, mas é claro que me considero o favorito. A julgar pelos resultados que tive na minha carreira aqui, as últimas quatro edições (consecutivas) que ganhei em Wimbledon e chegando a outra meia-final, é por isso que me considero favorito", vincou.

Novak Djokovic ganhou apenas mais dez pontos do que Jannik Sinner nas meias-finais de Wimbledon. No entanto, a capacidade de superar os adversários nos momentos cruciais permitiu-lhe garantir uma vitória confortável em sets consecutivos com um resultado de 6-3, 6-4, 7-6. Com esta vitória, prolongou o seu número de vitórias consecutivas em Grand Slams para 15, todas elas em 2023.

A sua destreza nos tiebreaks tem, sem dúvida, desempenhado um papel fundamental no domínio que impõe nos torneios do Grand Slam deste ano. O jogador de 36 anos demonstrou um nível distinto de excelência neste aspeto em particular, destacando-se da concorrência.

Em alguns jogos, tanto no Open de França como em Wimbledon, Djokovic e os seus adversários combateram ferozmente e igualaram-se até chegarem ao tiebreak. E foi nesse momento crítico que Djokovic desferiu um golpe decisivo, selando a vitória de forma eficaz e deixando os adversários sem grande margem de manobra para recuperar.

Em contraste com o jogo das meias-finais contra Carlos Alcaraz em Paris no mês passado, o sérvio vai encontrar-se sob enorme pressão desta vez. Embora normalmente Djokovic aceite e se destaque em situações de alta pressão, não é imune ao impacto dos nervos.

Novak Djokovic, da Sérvia, celebra a vitória contra Jannik Sinner, da Itália
Novak Djokovic, da Sérvia, celebra a vitória contra Jannik Sinner, da ItáliaAFP

Nos últimos anos, passou por situações em que os nervos levaram a melhor. Isto foi evidente nas derrotas contra Daniil Medvedev na final do Open dos Estados Unidos de 2021 e contra Alexander Zverev nas meias-finais dos Jogos Olímpicos de Tóquio, sendo que, em ambos os casos, estava a ponto de conquistar o Golden Slam de carreira e do ano (Golden Slam significa conquistar todos os majors num só ano).

O ex-número um do mundo não só é considerado o favorito para vencer esta partida, ostentando um registo de 7-1 em finais de Wimbledon, como também pretende igualar o notável recorde de Roger Federer de ganhar oito títulos na relva do All England Club.

Além disso, Djokovic continua na procura de conquistar os quatro Grand Slams do ano, um feito notável que está determinado a alcançar antes de se reformar.

Carlos Alcaraz ganhou um aumento significativo de confiança e moral ao garantir uma vitória impressionante pouco antes de enfrentar Novak Djokovic. O tenista mostrou domínio total sobre o antigo número um mundial Daniil Medvedev, superando o russo em 23 pontos num triunfo imponente por 6-3, 6-3 e 6-3.

Para além de defrontar dois jogadores do top-10 - tal como o seu adversário Novak Djokovic -, o espanhol levou também a melhor sobre o antigo vice-campeão Matteo Berrettini e sobre um jogador na melhor forma da sua vida, Nicolas Jarry.

A relva pode ser considerada a superfície menos preferida do cabeça de série, mas essa perceção surge apenas devido aos padrões excecionalmente elevados que estabeleceu para si próprio noutras superfícies. Atualmente, ostenta uma impressionante série de 11 vitórias seguidas em relva e tem um registo de 15 vitórias e 4 derrotas nesta superfície.

Alcaraz dá autógrafos depois de derrotar Berrettini
Alcaraz dá autógrafos depois de derrotar BerrettiniAFP

O feito que conseguiu ao chegar à final de Wimbledon naquela que é apenas a terceira participação no torneio é verdadeiramente notável. Em comparação, Novak Djokovic disputou a primeira final em Wimbledon só à sétima tentativa, o que contextualiza o significado deste feito.

Alcaraz, de 20 anos, que fez história ao tornar-se o mais jovem vencedor de um Grand Slam no Open dos EUA do ano passado - desde Rafael Nadal no Open de França em 2005 -, convida, inevitavelmente, comparações com o seu ídolo.

Tal como ele, Nadal também tinha 20 anos quando disputou a primeira final em Wimbledon, à terceira participação no torneio, e perdeu para o campeão em título Roger Federer em quatro sets, em 2006.

Os encontros anteriores entre ambos
Os encontros anteriores entre ambosFlashscore

Frente a frente: Empatados em 1-1 (ambos em terra batida). Seria necessário um desempenho de uma vida de qualquer jogador para pôr um fim à série notável de 10 anos de invencibilidade de Novak Djokovic no Court Central de Wimbledon. Sem o peso do rótulo de favorito, Carlos Alcaraz tem aqui uma boa oportunidade para apresentar desafiar o sérvio.

Ao contrário do encontro anterior em Paris, prevê-se que este jogo seja altamente competitivo, e não seria surpreendente se Alcaraz se tornasse no primeiro jogador, para além de Roger Federer, a levar Djokovic a um set decisivo na final de Wimbledon.

Acompanhe aqui as incidências do encontro