Bilhete premium para Wimbledon custa mais de 135 mil euros e vai esgotar

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Bilhete premium para Wimbledon custa mais de 135 mil euros e vai esgotar
Assentos no nível do camarote real são só para a elite
Assentos no nível do camarote real são só para a eliteProfimedia
Se quiser garantir um bom assento em Wimbledon nos próximos cinco anos, vai precisar gastar mais de 135 mil euros por ingresso. Mas corra, pois o leilão das famosas entradas do Grand Slam britânico terminam esta sexta-feira.

Um quinto dos assentos da Quadra Central para os anos de 2026 a 2030 devem ser vendidos por 116 mil libras cada (cerca de 136.310 euros).

Apesar do preço elevado, o All England Lawn Tennis Club afirmou que o número de pedidos já excedeu as 2,5 mil "debêntures" disponíveis este ano. Estes ingressos premium representam 16,7% dos 14.979 assentos da Quadra Central.

Quanto pagaria por um lugar ao sol na Quadra Central?
Quanto pagaria por um lugar ao sol na Quadra Central?AELTC

As debêntures desempenham um papel importante na história de Wimbledon.

Além de oferecer acesso a restaurantes e espaços exclusivos, e um assento premium na Quadra Central ou na Quadra 1 durante cinco anos, a "super-entrada" ajuda a arrecadar dinheiro para financiar melhorias no torneio.

Privilégio: restaurante à beira da quadra
Privilégio: restaurante à beira da quadraDebenture Handbook

Outra característica deste ingresso especial é a possibilidade de transferência ou revenda, como um título de crédito – daí a origem do nome.

Wimbledon proíbe a revenda de ingressos normais, mas "os ingressos de debêntures são os únicos que são livremente transferíveis, o que significa que os seus detentores podem dar ou vender seus ingressos no mercado nos dias em que não podem comparecer", afirma o site do Grand Slam.

Alcaraz detém o título masculino do Grand Slam
Alcaraz detém o título masculino do Grand SlamProfimedia

Clube da bolinha

Não é nada fácil, porém, virar um adepto de elite de Wimbledon. Além do preço exorbitante das debêntures, o seleto grupo de detentores destes ingressos tende a perpetuar-se, já que têm direito de preferência nas compras futuras.

Algumas famílias milionárias do Reino Unido detém os mesmos ingressos desde que foram emitidos pela primeira vez, em 1920.

Um dos recentes donos de debênture é o apresentador britânico Piers Morgan.

Além de cadeiras no nível do camarote real na Quadra Central, têm acesso a mordomos, sala privada dos campeões, a uma entrada VIP para o estádio e a sete bares e restaurantes exclusivos.

Um dos restaurantes tem vista para as Quadras 16 e 17, além de menu criado por chefs famosos.

Leilão e preço nas alturas

As debêntures são negociadas por uma corretora e vendidas num leilão semanal, e o seu preço médio mais do que quadruplicou em dez anos. 

Para o período de 2011-2015, o título custava "apenas" 27 mil libras (32 mil euros).

A mais recente venda de assentos de debêntures deve render 340 milhões de euros para o All England Club, que espera construir mais uma arena e 38 quadras num antigo campo de golfe comprado ao lado do complexo de ténis.

As obras ainda não começaram, pois há uma querela entre o clube e os moradores locais, que se opõem aos planos de expansão.

A primeira emissão de debêntures ajudou a financiar a construção da Quadra Central em 1922. Os tetos retráteis da Quadra Central (em 2009) e da Quadra 1 (em 2019) também foram construídos com dinheiro dos ingressos premium.

Segundo o jornal The Guardian, o preço recorde já pago por uma debênture foi de 170 mil euros, num leilão de 2015.