O suíço Federer, oito vezes campeão do All England Club, foi o convidado de honra no court de competição, enquanto Rybakina começou a sua defesa do título de forma incerta, perdendo o primeiro set antes de vencer a americana Shelby Rogers por 4-6, 6-1 e 6-2.
Rybakina, que também saiu de um set de desvantagem para derrotar Ons Jabeur na final do ano passado, disse que a experiência não conta para nada quando se tem um ícone do desporto a observar todos os seus movimentos.
"Sim, talvez seja por isso que estava nervosa, porque na verdade gosto muito do Roger Federer. Quando era mais novo, estava sempre a vê-lo jogar", disse o cazaque numa conferência de imprensa.
Reveja aqui as principais incidências da partida
"No ano seguinte, estar novamente neste court com o mesmo público, foi muito especial.
"Os primeiros jogos são sempre difíceis, diria eu, mentalmente, para entrar no ritmo do torneio. Por isso, espero que o próximo jogo seja mais fácil."
Foi no primeiro set que Rybakina pareceu ter sofrido com a preparação quase nula em relva. Uma doença obrigou-a a desistir do Open de França na terceira ronda e faltou a um evento de preparação em Eastbourne.
No entanto, rapidamente recuperou o ritmo e a terceira cabeça de série vai tentar tornar-se na segunda mulher nos últimos 10 anos a ganhar dois títulos consecutivos em Wimbledon, depois de Serena Williams em 2015 e 2016.
"Fisicamente. Estou a sentir-me bem. Claro que talvez me estejam a faltar algumas coisas aqui e ali porque não dedicámos horas suficientes ou talvez as horas que queríamos", disse Rybakina: "Mas, no geral, sinto-me bem. Penso que, com cada jogo, vou ficar fisicamente mais preparada para todos os jogos."
Alcaraz invejoso
Carlos Alcaraz teve um início quase perfeito na sua busca pelo título de Wimbledon na terça-feira, faltando apenas a presença de Federer nas bancadas do Court One.
Se Federer tivesse estado presente, teria certamente ficado impressionado com a ferocidade do jogo do cabeça de série Alcaraz, que fez 25 winners na linha de base em pouco menos de duas horas para despachar o francês Jeremy Chardy por 6-0, 6-2 e 7-5.
"Vi que o Roger Federer estava cá. Fiquei com um bocadinho de inveja", disse aos jornalistas Alcaraz, que, apesar de ser muito confiante em court, é extremamente humilde.
"Quero que o Roger Federer assista a um dos meus jogos, obviamente. Gostava de falar um pouco com ele. Para mim, seria fantástico. Espero vê-lo por cá mais do que uma vez".
Não se sabe ao certo durante quanto tempo o reformado Federer estará na cidade, mas se ficar por cá, quererá certamente ter uma visão do lado do court do homem que está a ser rotulado como o futuro do ténis masculino.
Federer demorou até à sua quinta participação para conquistar a coroa de Wimbledon em 2003, mas Alcaraz não tentou minimizar as suas perspectivas de ganhar o título na sua terceira tentativa.
"Ganhar o torneio. Esse é o principal objetivo neste momento", disse Alcaraz, que eliminou Chardy com um décimo ás: "Tenho muita confiança neste momento. O principal objetivo para mim neste torneio é ganhar, ganhar".
O campeão do Open dos Estados Unidos, Alcaraz, que voltou a ser o número um do mundo depois de ter conquistado o título do Queen's Club naquele que foi apenas o seu terceiro evento em relva, venceu o primeiro set em 20 minutos, com o público a suspirar com a potência das suas pancadas.
No entanto, sofreu um lapso no terceiro set, dando a Chardy a oportunidade de prolongar aquele que era o último jogo da sua longa carreira. Mas Alcaraz rapidamente recuperou a concentração, depois de ter ficado 4-2 atrás com um jogo de serviço desleixado, e correu para a vitória. Alcaraz disse que tudo isto faz parte da curva de aprendizagem.
"Digamos que não estamos concentrados durante um jogo, como no terceiro set, e ele quebra o meu serviço e estamos em desvantagem", afirmou: "Para mim, isso é algo que tenho de aprender mais."
Apesar de Alcaraz ser o cabeça de série, Novak Djokovic continua a ser o favorito na luta pelo oitavo título de Wimbledon, um recorde, especialmente depois de ter derrotado o espanhol nas meias-finais francesas, em que Alcaraz sofreu cãibras no corpo causadas pelo stress de jogar contra o sérvio.
Questionado se tinha alguma preocupação em enfrentar Djokovic novamente, talvez na final de Wimbledon na próxima semana, ele disse: "Acho que aprendi muito com este jogo para a próxima vez que defrontar o Novak. Vai ser diferente para mim. Vou lidar melhor com a pressão do que na meia-final do Open de França."