A 16.ª participação de Cornet em Wimbledon foi interrompida pela campeã em título Elena Rybakina, de 24 anos, ao ser derrotada por 6-2 e 7-6.
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Cornet, agora no 74.º lugar do ranking e a disputar o 66.º Grand Slam consecutivo - um recorde -, disse ter notado a diferença no All England Club este ano.
"É um tratamento diferente em cada Slam. Quando estou em casa, em Roland Garros, tenho prioridade sobre os courts, conheço toda a gente, posso perguntar quando quero jogar. Penso que a organização faz tudo para que o jogador francês seja bem sucedido. Depois, em Wimbledon, há uma enorme diferença entre os jogadores cabeça de série e os outros. Isto não é novidade. A diferença de tratamento e bilhetes", denunciou.
Quando lhe pediram para explicar melhor, Cornet disse que só lhe tinham dado dois bilhetes para o jogo da primeira ronda num campo exterior, que venceu, mas recebeu 40 para o jogo contra Rybakina no Court Central - o que não é de estranhar, uma vez que o Court Central tem 15.000 lugares.
"Isso explica tudo. Ninguém podia vir. Nem sequer pude convidar um dos meus melhores amigos que estava lá. Dois bilhetes para o campo exterior, é muito pouco. É preciso dar um pouco mais de crédito aos jogadores que jogam nos courts exteriores. Este torneio existe por causa de todos os jogadores, não apenas dos que jogam nos grandes courts", disse aos jornalistas.
O Open dos Estados Unidos e o Open da Austrália foram mais justos, segundo Cornet, que no entanto indicou que a melhor maneira de receber tratamento prioritário era subir mais na classificação.
"É claro que nos sentimos um pouco mais confortáveis quando somos melhores jogadores, mas é assim que a sociedade funciona. Quanto melhor fores, mais vantagens terás. É assim que funciona", afirmou.
A Reuters contactou os organizadores de Wimbledon para comentar o assunto.