A nova estratégia visa ter as principais jogadoras constantemente nos principais eventos do circuito, ao mesmo tempo em que quer fornecer mobilidade e oportunidades de crescimento para as tenistas emergentes.
A WTA disse também que o novo calendário proporcionará um"modelo económico sustentável para os torneios e jogadoras", e deve criar "uma narrativa forte ao longo do ano, oferecendo grandes partidas e rivalidades".
Um dos principais objetivos da mudança é conseguir a igualdade de prémios com a ATP, um objetivo idealizado há 50 anos, quando Billie Jean King fundou a WTA.
Prémios iguais, mudança gradual
Para garantir que "as mudanças sejam sustentáveis para as tenistas e os torneios", as alterações serão graduais.
Os eventos combinados entre a WTA e o ATP de nível 1000 e 500 vão alcançar a igualdade de prémios até 2027. Já os eventos 1000 e 500 não-combinados têm até 2033 para distribuir o mesmo dinheiro pelos atletas.
Mais torneios nível 1000
Os torneios WTA 1000 vão aumentar para 10 por ano. Os torneios de Roma (em 2023), Madrid e Pequim (em 2024) e Cincinnati e Toronto/Montreal (em 2025) vão passar a ser disputados em duas semanas e terão mais tenistas, assim como já acontece com Indian Wells e Miami.
Os novos WTA 1000 serão eventos de uma semana em Doha, Dubai e uma sede ainda não anunciada.
Novas regras de entrada garantirão uma presença consistente das principais atletas nesses eventos premium ao longo do ano, garantiu a WTA.
Mais eventos de nível 500
Os torneios WTA 500 também vão ser mais valorizados sob a nova estratégia. Haverá mais torneios com menos sobreposições no calendário, juntamente com novas regras de entrada para elevar a qualidade das participantes.
No calendário atualizado, o número de torneios WTA 500 aumentará para 17: Abu Dhabi, Adelaide, Berlim, Brisbane, Charleston, Eastbourne, Monterrey, San Diego, Seul, Estrasburgo, Stuttgart, Tóquio, United Cup (Austrália), Washington, Zhengzhou e dois eventos ainda a definir.
Em semanas com torneios 250 e 500 em simultâneo, as top 30 do mundo deverão jogar os WTA 500 (com duas exceções permitidas por ano, que incluem tenistas da casa e defensoras de títulos).
Mudança também nos WTA 250
No nível 250, os torneios terão um "foco regional mais forte para criar um modelo de negócios mais sustentável e viável que ajudará a promover a próxima geração de estrelas", disse a entidade que rege o circuito feminino.
Os torneios menores terão um acréscimo de 34% em prémios até 2033.
Em semanas em que há apenas WTA 250 no calendário, apenas uma tenista top 10 poderá participar na competição.
Já os torneios de nível 125 devem aumentar para 40 nos "próximos anos".
Haverá também uma pequena mudança no ranking de singulares: agora os 18 melhores torneios, além do WTA Finals, entrarão na conta para se montar a lista das melhores tenistas do mundo.