Pouco depois de a notícia ter corrido mundo, o mundo reagiu e as opiniões dividiram-se. Ontem, Gică Hagi também reagiu à triste notícia.
Agora, Ion Țiriac, o antigo jogador de ténis, também oferece o seu ponto de vista.
"A decisão é utópica. Sim, foram cometidos erros e, desde o início, todos os que a rodeavam deviam ter sido questionados, a começar pelo papá, a mamã, o cachorrinho, o gato, o treinador, o fisioterapeuta ou o treinador mental. Não havia nada de humilhante em perguntar-lhe o que se estava a passar, o que tinha feito. O facto de Simona Halep não se ter oferecido como voluntária continua a ser a minha mão no fogo. Não comentei nem vou comentar muito, porque é um trabalho tão sensível que eu, durante todo o ano, só a vi uma ou duas vezes", afirmou.
"Coloquei a mão no ombro dela e disse-lhe que não eu, mas todos nós estamos com ela, para ter alguma coragem. Mas para alguém fazer pouco da vida dela, da carreira de alguém que foi número um... É um pouco questionável. Número um! Se, de facto, foi negativa a sexta-feira e positiva a segunda-feira, o que aconteceu naqueles três dias, com aquele resultado quase impensável... Eu posso sentar-me aqui durante quase algumas horas e começar desde 1998", acrescentou.
"Eu sou um dos 5-6 que foram delegados para fazer a AMA nos anos 90. E penso que é um bom organismo se mantiver o seu trabalho correto, lógico e normal. Fui eu que disse 'mesmo que um atleta seja agarrado de boca aberta por três e o quarto lho enfie pela garganta abaixo, é positivo!' Mas que argumentos é que existem? De que é que estamos a falar? De dias de confusão. Como é que se arrasta a vida de um homem durante um ano? Ou se é parvo, ou não se sabe do que se trata e se deixa isso para os outros, ou se não se suspeita, adivinha-se o que é! Descobri outra coisa, outra invenção - o passaporte biológico. Ela, no avião que a levava de Alba para Neagra, no armário mudou de sangue, ou o que é que ela fez? Mas isso também não interessa. Mas porque é que, no dia em que o descobriram, não lhe disseram 'Pára! És suspeita?' E o suspeito é autorizado a continuar a sua atividade até ser considerado culpado. Não se é culpado até se saber porquê", acusou Ion Țiriac.
"Não se trata de jogar ténis, trata-se da vida de uma pessoa que, aos 13 anos, decidiu, provavelmente com a família, e depois sozinha aos 15, cuidar do seu próprio corpo para poder jogar ténis, e tinha razão, bravo! Sempre lhe dei coragem. Agora ela está onde está hoje", concluiu Țiriac.